Comissão de Meio Ambiente da Câmara pode votar PL que ameaça áreas protegidas


16 de junho de 2021
Comissão de Meio Ambiente da Câmara pode votar PL que ameaça áreas protegidas
Unidade de Conservação (UC) (WWF-Brasil/Adriano Gambarini)
Via Brasília – Da Revista Cenarium

Boiada passando

Espaços que devem ter a sua integridade preservada, como Unidades de Conservação (UC) e Terras Indígenas (TI), estão na rota de análise da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados. A julgar pela parlamentar que preside hoje o colegiado – a bolsonarista radical Carla Zambelli (PSL-SP), com zero conhecimento do assunto – há que se ficar atento para evitar mais uma “boiada passando”. O Projeto de Lei (PL) 1.205/2019, que poderá ser votado a qualquer momento, restringe dois instrumentos importantes que garantem a efetividade dessas áreas: as zonas de amortecimento e os corredores ecológicos.

Comendo pelas bordas

Segundo denuncia o Isa (Instituto Socioambiental), o PL, de autoria do deputado Pinheirinho (PP-MG), modifica a Lei n. 9.985/2000 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que versa sobre as zonas de amortecimento, áreas que circundam as UCs, dificultando a criação de novas áreas dessa natureza, liberando os criminosos contumazes da floresta a irem “comendo pelas bordas”. A ideia central é submeter a criação de zonas de amortecimento e corredores ecológicos – que ligam mais de um espaço protegido – a restrições diversas, entre elas o fato de a área estar próxima à “área urbana consolidada”.

Mercado de carbono

Noutra direção, também na Câmara, inicia nesta quarta-feira, 16, a tramitação do Projeto de Lei 528/2021, de autoria do vice-presidente da Câmara, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM). Após 12 anos da aprovação da lei que definiu a Política Nacional sobre Mudanças Climáticas, Ramos propõe regulamentar o mercado de carbono no País, precificando a floresta em pé e criando um marco legal que traga segurança jurídica à remuneração de serviços climáticos. Como o governo federal rasgou dinheiro para a conservação da Amazônia, quando abriu mão de bilhões do Fundo Amazônia, o projeto não deixa de ser uma luz no fim do túnel, uma vez que os recursos arrecadados retornariam para projetos na região.

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