Comunidades indígenas Guarani elaboram manifesto em prol da demarcação de terras
14 de fevereiro de 2023
O líder indígena Jurandir Jekupe mostra o palmito-jussara, uma palmeira nativa da Mata Atlântica, no território Guarani, Pico de Jaraguá, em São Paulo (Karime Xavier/26.jan.23/Folhapress)
Da Revista Cenarium*
SÃO PAULO – A Comissão Guarani Yvyrupa, que reúne comunidades indígenas Guarani de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, elaborou um manifesto em que pede ao governo federal que providencie, imediatamente, a demarcação de terras que dependem apenas de uma assinatura.
De acordo com a entidade, 12 terras situadas na região da Mata Atlântica já não apresentam pendências e estão prontas para serem demarcadas.
Quase metade dos cerca de 700 habitantes da Terra Indígena Jaraguá são crianças guarani (Karime Xavier/Folhapress)
Desse total, segundo a comissão, quatro delas necessitariam apenas de uma “canetada” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretando a sua homologação, enquanto outras oito estariam aguardando uma portaria declaratória do Ministério dos Povos Indígenas.
“Essas terras só não foram demarcadas antes porque a caneta do governo anterior [de Jair Bolsonaro] trabalhou contra os povos indígenas — paralisando as demarcações de maneira ilegal quando já estava tudo encaminhado”, diz o documento que é endereçado ao presidente Lula e à ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.
O manifesto ainda solicita que o governo federal e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) deem atenção a 16 terras cujos processos de demarcação se encontram em estágio avançado, mas aguardam providências técnicas.
No documento, a Comissão Guarani Yvyrupa justifica seu apelo afirmando que o povo Guarani é o que menos foi contemplado com demarcações até então. “Essas terras que dependem da assinatura de vocês estão ameaçadas por invasões e pela devastação”, destaca.
A entidade, que prepara uma campanha nas redes sociais intitulada “#DemarcaYvyrupa”, diz que enviará a Lula e a Guajajara “canetas decoradas com nosso grafismo” para que decretos e portarias de demarcação de suas terras indígenas sejam assinados.
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