Conferência sobre meio ambiente terá participação popular on-line

MANAUS (AM) – A emergência climática e o desafio da transformação ecológica são temas da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que promove rodadas de conversas em todo o País e acontece até maio de 2025. A população pode participar propondo soluções e enviando relatórios sobre a mudança do clima e meio ambiente por meio do site do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Amazonas, Joel Araújo, fez um chamamento para que a população amazonense participe da conferência estadual. As conferências livres podem ser convocadas até o dia 16 de janeiro e realizadas até o dia 26 do mesmo mês. “Vamos nos mobilizar para realizar as nossas conferências da sociedade civil e eleger delegados para a Conferência Estadual e depois para a nacional”, escreveu Araújo.

A conferência livre pode ter o registro de até dez propostas; para a conferência municipal e intermunicipal poderá constar até dez registros de propostas; para a conferência estadual e distrital, os interessados podem propor até 20 propostas.

Ameaças ao meio ambiente

De acordo com a pasta, as mudanças de hábitos da população como menor geração e melhor destinação de resíduos, até o destino das florestas e dos oceanos, que armazenam uma parcela dos gases causadores do efeito estufa, que estão sob ameaça crescente, podem ajudar o meio ambiente por menor que seja.

Exemplo disso é o Estado do Rio Grande do Sul, que viveu neste ano eventos climáticos extremos, diretamente ligados às consequências do aquecimento global. O Estado do Amazonas, por sua vez, enfrentou em 2024 a pior seca da história, afetando mais de 850 mil pessoas dos 62 municípios. O órgão ambiental aponta, ainda, que no Brasil a principal causa da mudança climática é o desmatamento.

“Cientistas já não têm dúvidas: o aumento da temperatura do planeta decorre da concentração crescente de gás carbônico e dos demais gases de efeito estufa na atmosfera desde meados do século 19. É, portanto, resultado da ação dos seres humanos. Mundialmente, a queima de combustíveis fósseis é responsável pela maior parcela desses gases. No Brasil, o principal responsável pelo aquecimento global é o desmatamento, seguido por emissões da agricultura e da pecuária, sobretudo pelo processo digestivo do gado, que lança metano na atmosfera, e dos fertilizantes nitrogenados”, afirma a pasta.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) fez um levantamento que identificou mais de 1.940 municípios em situação de risco. “A análise, que cobriu uma série histórica de 13 anos de dados climáticos, identificou que 1942 municípios brasileiros estão em situação de risco significativo devido à frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos”, apontou.

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Editado por Adrisa De Góes
Revisado por Gustavo Gilona