Conselheiro de Contas do Amazonas, Ari Moutinho Jr. vira réu no STJ


Por: Jadson Lima

05 de dezembro de 2024
Conselheiro de Contas do Amazonas, Ari Moutinho Jr. vira réu no STJ
O conselheiro Ari Moutinho Júnior, réu no STJ (Composição: Paulo Dutra/CENARIUM)

MANAUS (AM) – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tornou réu, em decisão unânime, o conselheiro do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) Ari Moutinho Júnior por ameaça e injúria contra a conselheira e presidente do TCE-AM, Yara Lins Amazônia Rodrigues, em decisão publicada nessa quarta-feira, 4.

O conselheiro foi alvo de denúncia na Polícia Federal (PF) após ofender a colega da Corte de “vadia, safada e puta” (sic) durante a eleição que definiu o novo presidente do TCE-AM para o biênio 2024-2025, ocorrida em outubro de 2023. Na ocasião, Yara Lins foi escolhida para comandar a Corte. A PF investigou o caso e levou o inquérito ao STJ, no qual indiciou Moutinho.

As ofensas de Ari Moutinho Jr. contra Yara Lins foram captadas por câmeras internas momentos antes da eleição para a nova presidência da Corte. No vídeo, é possível observar a conselheira cumprimentando o colega. A leitura labial do momento do registro sugere que Moutinho Jr. xinga Yara de “vadia”. Na ocasião, a conselheira afirmou que o gesto ocorreu logo após ela ser ofendida e ameaçada.

A denúncia contra Moutinho Jr. foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) depois que a investigação concluiu que há indícios dos crimes investigados no âmbito do inquérito conduzido pela PF. O processo foi aceito pela Corte Especial do STJ por unanimidade após o voto do relator do caso, ministro Antonio Carlos Ferreira. Com o recebimento da denúncia, uma ação penal é iniciada na Corte Superior e Moutinho Jr. será citado para apresentar a defesa.

Sobre o caso

Além dos crimes de ameaça e injúria, a advogada de Yara Lins, Catarina Estrella, afirmou na época que conselheira também denunciou a possibilidade de tráfico de influência. De acordo com a autoridade, Moutinho Jr. falou que iria entrar em contato com a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, do Ministério Público Federal (MPF) e com o Supremo Tribunal de Justiça (STF).

Verifica-se três crimes: uma injúria, causada porque ela foi xingada no exercício da função. Se verifica o crime de ameaça e uma tentativa de tráfico de influência , de dizer que tinha ali, no STJ, influência sobre um determinado órgão“, explicou a advogada.

Estrella afirmou, ainda, que o caso não foi isolado e que Ari Moutinho Jr. tem um comportamento repetitivo de agressividade. “Foi a primeira vez que ele fez isso diretamente com ela, no Plenário, mas o comportamento deste conselheiro, com outros colegas conselheiros, já foi questionado, já foi agressivo. Parece ser um comportamento repetitivo“, concluiu.

Leia mais: Conselheira do TCE-AM denuncia conselheiro por ofensa: ‘Me chamou de vadia’

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