Conselho de Ética arquiva processo contra Eduardo Bolsonaro por falas sobre AI-5

Maioria acompanhou o relator, que não viu justa causa para admitir o processo (Reprodução/ Internet)

Com informações Folha Press

BRASÍLIA – O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu arquivar, nesta quinta-feira, 8, a representação contra Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por declarações sobre a volta do AI-5 no Brasil.

A decisão foi tomada por 12 votos a 5. A maioria acompanhou o relator do parecer preliminar, deputado Igor Timo (Podemos-MG), que não viu justa causa para admitir o processo e, por isso, votou pelo arquivamento. A oposição, que discordou do parecer, apresentou voto separado e pediu que fosse declarada a suspeição do relator.

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Durante o processo, Timo foi criticado pela proximidade com o presidente Bolsonaro. Reportagem do UOL mostrou que o deputado gravou um vídeo com Bolsonaro agradecendo o presidente por ter repassado verbas para seu Estado.

No parecer alternativo, Rede, Psol, PT e PC do B afirmam que a postura do relator compromete a credibilidade do parecer apresentado pelo deputado. Na época, em nota enviada ao UOL, a assessoria de Igor Timo afirmou que o parlamentar mantinha sua imparcialidade e disse que o episódio não interferia no trabalho que ele realiza no conselho.

Na sessão desta quinta, Timo afirmou que o vídeo foi feito para divulgar recursos que estavam sendo disponibilizados para municípios do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Segundo o relator, Bolsonaro não foi sua primeira opção de voto para presidente em 2018, e sim o senador Álvaro Dias (Podemos-PR). No segundo turno, “a opção ficou franqueada” e, por isso, disse, votou em Bolsonaro.

“Meu cuidado foi exclusivamente em levar informação para que a população tivesse ciência de que os recursos estavam disponibilizados”, disse Timo, negando qualquer relação anterior com Bolsonaro e afirmando que o conselho não poderia ser transformado numa “caça a parlamentares.”

Em seu parecer alternativo, a oposição afirmou que Eduardo Bolsonaro “tem, em seu modus operandi, falas que ofendem e ameaçam os princípios democráticos que, de acordo com a Constituição Federal, constituem os fundamentos, objetivos e princípios da República, remetendo a um dos períodos mais tristes da história brasileira”.

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