Consumidores estão preocupados com o aumento de quase 10% na tarifa de energia, no Pará

Patrícia precisou cortar o uso do ar-condicionado para economizar na conta de luz. (Foto: Danilo Alves/CENARIUM)

Danilo Alves – Da Cenarium

BELÉM (PA) – Consumidores de 14 Estados tiveram um aumento na conta de luz além do que era esperado, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu aplicar a bandeira vermelha 2, tarifa extra mais cara, em meio à crise hídrica. Embora o Pará seja banhado por rios da região amazônica e sua população não veja a consequência da seca na região Sudeste, ele também faz parte dos Estados que sofreram com o reajuste.

Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), a Equatorial Energia anunciou aumento médio de 9,01% para consumidores residenciais e 8,02% a grandes consumidores, como indústrias e estabelecimentos comerciais. 

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A dona de casa Patrícia Cristina Miranda, 47, contou que para economizar na conta decidiu não usar mais o ar-condicionado de casa durante o dia, mesmo no período de verão amazônico, quando as temperaturas atingem média de 38 graus Celsius. “Se tornou luxo deixar o ar ligado durante o dia, às vezes, nem o ventilador nós usamos”, disse.

O engenheiro eletricista Rodrigo Darque explicou que a estratégia de Patrícia é uma das dicas mais eficientes para economia do consumo elétrico. “A sua energia consumida é potência por hora, ou seja, potência ativa em quilowatts por dia, vezes o período de um mês. Esse resultado será o valor cobrado na sua conta. Então, no período quente, se utiliza mais potência no ar-condicionado, por exemplo. Por isso, a solução é a diminuição da potência no consumo. Foi uma ótima ideia adotada pela dona de casa”, disse.

Segundo estudos do Dieese-PA, em termos globais esta é a vigésima terceira revisão tarifária de Energia Elétrica dos paraenses autorizadas pela Aneel à Equatorial Energia (antiga Celpa) desde a privatização em 1998. A empresa foi privatizada em julho de 1998, com as tarifas já plenamente recompostas. Vale salientar que nos montantes globalizados de reajustes levantados pelo Dieese-PA não estão incluídos os aumentos mensais motivados pelo Regime de Bandeiras em vigor desde janeiro de 2015.

O primeiro reajuste de Energia Elétrica para os consumidores residenciais paraenses, autorizado pela Aneel, já com a empresa privatizada, ocorreu também de forma parcelada em 1999 (junho/julho) em um total acumulado de 10,60%.

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