Corda do Círio 100% paraense é entregue nesta quarta-feira, 13

Daleth Oliveira – Da Revista Cenarium Amazônia

BELÉM (PA) – O Círio de Nazaré, a maior festividade religiosa da América Latina, vai celebrar uma mudança histórica nesta 231ª edição. Pela primeira vez, a Corda do Círio, um dos símbolos mais emblemáticos da fé em Nossa Senhora de Nazaré, foi inteiramente produzida com matéria-prima paraense.

A confecção deste artefato religioso foi realizada pela Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), no nordeste do Pará, e será entregue à Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) nesta quarta-feira, 13 de setembro, na Estação Pe. Luciano Brambilla, na Basílica Santuário, em Belém.

Símbolo da fé

Nesse feito inédito, mais de uma tonelada de fibra de malva, cultivada por agricultores de mais de 20 municípios das Regiões de Integração Guamá e Guajará, foi utilizada durante todo o processo de fabricação. Desde o plantio das sementes até a colheita final, todo o ciclo ocorreu em solo paraense.

Símbolo de fé, a Corda do Círio deste ano tem impressionantes 800 a 830 metros de comprimento e 50 milímetros de diâmetro. Ela foi dividida em duas partes iguais, cada uma com 400 metros, destinadas à Trasladação e à procissão do segundo domingo de outubro.

A corda já foi entregue com adaptações para as estações de metal que auxiliam no transporte das berlindas durante as romarias. Ela permanecerá guardada no local da entrega até a data da vistoria pela DFN, agendada para 23 de setembro no Colégio Santa Catarina de Sena.

Corda está mais resistente

Carlos Ledo, secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineral e de Energia (Sedeme), enfatizou que a fibra de malva é notoriamente mais resistente do que o sisal, que havia sido usado em produções anteriores.

“A corda deste ano será 10% mais resistente. E o melhor, é fabricada por mãos paraenses. As famílias envolvidas na produção da matéria-prima se sentem totalmente inseridas no Círio de Nazaré, o que é muito gratificante para nós“, afirmou Ledo.

*Com informações da Agência Pará

Editado por Jefferson Ramos