Corrupção e superfaturamento de vacinas são destacados em pesquisa inédita da CPI

Para 66% dos entrevistados, a criação da CPI foi muito importante para o país (Reprodução/TV Senado)
Via Brasília – Da Revista Cenarium

66% apoiam CPI

Ao avaliar a CPI da Pandemia, ao fim de três meses de trabalho da primeira fase, pesquisa inédita mostra que a maioria – 73% dos brasileiros – sabe que uma Comissão Parlamentar de Inquérito está em funcionamento no Senado para investigar a atuação do governo federal no enfretamento à Covid-19. Para 66% dos entrevistados, a sua criação foi muito importante para o país. Já os que acreditam que o Brasil começou a comprar imunizantes contra o coronavírus mais tarde do que deveria somam 73% da população. Entre esses, 74% atribuem a demora ao presidente Jair Bolsonaro e 97% acreditam que, se as vacinas tivessem sido compradas mais cedo, o número de mortes seria menor.

Corrupção pegou

Outro dado importante revela que o tema “corrupção” ganhou vento na maioria dos ouvidos pela pesquisa. Isso porque, entre os assuntos investigados pela CPI, o mais lembrado é a corrupção na compra de vacinas, sendo o mais citado por 84%, seguido pela indicação do kit Covid para tratamento precoce, com 52%. Os dados foram computados agora de manhã e fazem parte das sondagens do Instituto DataSenado, que ouviu 1.000 cidadãos de 16 anos ou mais, em municípios de todas as regiões do País, selecionados via Amostragem Aleatória Estratificada. Feita por uma equipe qualificada, com profissionais efetivos da Casa, a pesquisa tem nível de confiança de 95%.

Presidente culpado

Para a maioria dos entrevistados – 40% – o presidente da República é o principal responsável pelo desempenho do País no combate à pandemia, seguido pela população em geral, que tem 32%, e pelos governadores, que somam 12%. Os dados confirmam os estragos que a CPI produziu na popularidade de Jair Bolsonaro e de seu governo, como já haviam apontado outras sondagens de intenções de voto para 2022 e de avaliação do desempenho de sua administração. Com o recesso parlamentar, Bolsonaro e sua tropa de choque ganham mais 15 dias para se reorganizar e tentar estancar a sangria em sua popularidade. Internado no hospital e calado, Bolsonaro tem mais a ganhar, apostam analistas políticos. Pode ser a nova “facada”, que vitimizou o capitão e passou a imagem de mártir, decisiva em sua eleição de 2018.

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Leia a pesquisa na íntegra.

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