Covid-19: estudo mostra que crianças têm maior probabilidade de serem infectadas por adultos do que transmitir o vírus

Informação preciosa, tanto para traçar estratégias de reabertura de escolas quanto para ampliação de planos de vacinação (Arthur Mota/Folha de Pernambuco)

Com informações do O Globo

RIO DE JANEIRO – Após mais de um ano de pandemia, ainda não está totalmente esclarecido o papel das crianças na propagação do coronavírus. Mas um novo estudo de cientistas brasileiros e estrangeiros constata: elas têm maior probabilidade de serem infectadas por adultos do que de transmitirem a Covid-19 para eles, ou seja, menos chance de passar o vírus adiante.

Informação preciosa, tanto para traçar estratégias de reabertura de escolas quanto para ampliação de planos de vacinação. Os pesquisadores investigaram a transmissão da Covid-19 na comunidade de Manguinhos, de maio a setembro de 2020, e mostram que todas as crianças que testaram positivo para o Sars-CoV-2 haviam tido contato com adultos ou adolescentes com sintomas de Covid-19.

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A coordenadora do estudo, Patrícia Brasil, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz, ressalta que os dados se referem a um momento diferente da pandemia, quando a variante P.1, mais transmissível e hoje dominante, ainda não havia surgido. O distanciamento social também era maior do que agora.

“Ainda assim não faz sentido manter as escolas fechadas com o restante da economia aberta”, diz a cientista. A vacinação dos profissionais de educação, no entanto, é essencial para a reabertura.

No início da pandemia, se acreditava que, a exemplo do que ocorre com a gripe e outras viroses respiratórias, as crianças poderiam ser grandes transmissoras de Covid-19. Contribui para isso o fato de que elas apresentam poucos sintomas e não conseguem seguir como os adultos medidas de higiene e de distanciamento social.

Mas, na prática, não se observou um papel significativo das crianças na propagação da pandemia, embora as escolas tenham permanecido fechadas. As crianças tampouco adoecem significativamente com o coronavírus e são o grupo menos atingido pela pandemia.

A pesquisa prossegue para investigar como ocorre a transmissão este ano, quando a pandemia se intensificou e novas variantes do coronavírus, principalmente a P1, estão em circulação.

Veja a matéria completa pelo site: https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/covid-19-estudo-coordenado-pela-fiocruz-mostra-que-criancas-tem-baixa-taxa-de-transmissao-adultos-2-25009032

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