CPI ambiental pretende enquadrar alianças de Salles com madeireiros e garimpeiros

Mesmo na base do governo, há quem reprove veementemente a condução de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente (MMA)(REUTERS/Adriano Machado)

Via Brasília – Da Revista Cenarium

Vem mais uma CPI aí

Em busca de ter uma CPI para chamar de sua – a Comissão Parlamentar de Inquérito dos Crimes Ambientais, a oposição na Câmara dos Deputados fez as contas e já soma 100 assinaturas para a sua instalação. O bloco tem 140 deputados, mas ainda precisaria de mais 31 votos para chegar aos 171 mínimos necessários para a abertura do processo de investigação. A ideia é dividir os holofotes da imprensa – hoje centrados na CPI da Pandemia no Senado. Por essa razão, a movimentação dos pró-CPI vai em direção aos descontentes do Centrão e aos independentes. Mesmo na base do governo, há quem reprove veementemente a condução de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Salles segue na pressão

Dentro da bancada ruralista, há relatos de que os produtores começam a sentir a resistência aos produtos brasileiros no exterior por causa da má imagem do País. Até nas comissões temáticas da Casa, ligadas ao pessoal do agro, Salles já é o alvo preferencial dos parlamentares. No documento em que pede a criação da CPI, a oposição alega que Salles fez aliança com madeireiros ilegais da Amazônia, desmontou a estrutura de fiscalização, agiu em conluio com garimpeiros ilegais, foi inerte nos incêndios no Pantanal e na defendeu a necessidade de apuração paralela às acusações que pesam contra o ministro no STF. Ainda que alcancem as assinaturas necessárias, os oposicionistas sabem que podem sofrer resistência de Arthur Lira. Mas, como precedente de ajuda do STF, determinando a abertura de Comissão Parlamentar da Covid, pode vir por aí mais uma investigação a emparedar o governo federal.

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