Criação de empregos em setembro atinge melhor nível em 10 anos, segundo Caged


29 de outubro de 2020
Criação de empregos em setembro atinge melhor nível em 10 anos, segundo Caged
Número de desempregados aumenta 1,3 milhão em 3 meses, segundo o IBGE. Em 1 ano, Brasil perdeu 11,3 milhões de postos de trabalho (Divulgação)

Da Revista Cenarium*

MANAUS – Pelo segundo mês seguido, o país criou empregos formais. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, 313.564 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês.

O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. Este foi o melhor resultado para meses de setembro desde o início da série histórica do Caged, em 2010. No acumulado do ano, no entanto, o mercado de trabalho continua sentindo o impacto da pandemia.

De janeiro a setembro, foram fechadas 558.597 vagas, o terceiro pior resultado para o período desde o início da série histórica, em 2010. Só perdendo para os nove primeiros meses de 2015 (-657.761 empregos) e 2016 (-683.597). Setores Na divisão por ramos de atividade, todos os cinco setores pesquisados criaram empregos formais em setembro.

A estatística foi liderada pela indústria, com a abertura de 110.868 postos. O indicador inclui a indústria de transformação, de extração e de outros tipos.

Com 80.481 novos postos, os serviços vêm em segundo lugar. A criação de empregos no setor de serviços quase dobrou em relação a agosto. Em seguida, vem o grupo comércio, reparação de serviços automotores e de motocicletas, com 69.239 novas vagas.

Em quarto lugar, está o setor de construção, com 45.249 postos. O grupo que abrange agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, abriu 7.751 postos em setembro. Destaques Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 108.283 trabalhadores a mais do que demitiu.

Em segundo lugar, veio a indústria ligada ao saneamento e à gestão de resíduos, que abriu 1.446 vagas. Os serviços tiveram desempenhos opostos conforme o ramo de atividade. O segmento de atividades administrativas e serviços complementares criou 42.349 postos. O setor de atividades profissionais, científicas e técnicas abriu 12.455 vagas.

Segmento mais afetado pelo distanciamento social, o setor de alojamento e alimentação voltou a criar empregos depois de seis meses de demissões e abriu 4.637 vagas. O segmento de educação, no entanto, continua a enfrentar dificuldades e demitiu 8.474 trabalhadores a mais do que contratou. Desde abril, as estatísticas do Caged não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.

Regiões

Todas as regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em setembro. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 128.094 novos postos, seguido pelo Nordeste, com 85.336 postos criados, e pelo Sul, com mais 60.319 postos. O Norte abriu 20.640 postos de trabalho, e o Centro-Oeste criou 19.194 postos formais no mês passado.

Na divisão por unidades da Federação, a criação de empregos se disseminou pelo país. Todos os estados e o Distrito Federal abriram postos com carteira assinada em setembro. As maiores variações positivas ocorreram em São Paulo, com a abertura de 75.706 postos; Minas Gerais, 36.505 postos, e Santa Catarina, 24.827 postos. Os três estados que menos criam postos de trabalho foram Amapá, 450 vagas; Acre, 577; e Roraima, 1.101.

(*) Com informações da Agência Brasil

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