Crise de oxigênio não é exclusiva do Amazonas; prefeito de cidade mineira também pede socorro

Prefeito Paulo Rocha (PSD) fez uma live com apelos para receber doação de cilindros de oxigênio vazios. (Reprodução/Instagram)

Jennifer Silva – Da Revista Cenarium

MANAUS – Paulo Rocha (PSD), o prefeito de Monte Carmelo, fez um apelo no último sábado, 13, para receber cilindros de oxigênio vazios. O pedido revela que a crise de oxigênio não é exclusiva do Amazonas e após algumas cidades do Pará também sofrerem por conta da falta do insumo, a cidade mineira mostra que o colapso da Saúde não se limita ao Norte do País.

“Estamos com problema no fornecimento do equipamento. Gastamos 54 cilindros por dia, o consumo é além da capacidade. Se você tiver cilindro vazio, por favor, nos empreste para fornecer oxigênio para as pessoas que estão internadas”, disse o prefeito Paulo Rocha.

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De acordo com o último boletim epidemiológico emitido pela cidade na última quinta-feira, 11, foram registradas 33 mortes por covid-19 em Monte Carmelo e 1.656 casos da doença confirmados. A cidade chegou no limite de atendimento, mas o prefeito alegou que ainda não pode falar em ‘colapso’. Isso porque outros municípios estão cooperando com Monte Carmelo.

“Mas, infelizmente chegou onde a gente não queria que chegasse. A gente vem falando dessa situação há um ano, pedindo a colaboração da população sobre essa doença terrível que está matando muitas pessoas da nossa cidade”, esclareceu Paulo Rocha.

Colapso em Manaus

Na segunda semana de janeiro, o Amazonas foi o primeiro estado a registrar um colapso na rede pública de Saúde. A capital vivenciou um aumento progressivo no número de casos de dezembro até janeiro, o que levou à lotação dos hospitais. Com o grande volume de internações, não havia mais oxigênio para os doentes.

Com a situação, o Amazonas passou a enviar pacientes para receber atendimento em outros estados. A estimativa inicial era transportar 235 pacientes, mas o próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a expectativa do governo era mandar 1,5 mil pacientes para tratamento em outros estados em função da falta de condições de atendimento no Amazonas.

Ao todo, mais de 500 pacientes já foram transferidos. O transporte dos passageiros é feito em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), que foram adaptadas para essa finalidade.

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