Cuiabá decreta estado de calamidade pública na Saúde após aumento de óbitos


08 de fevereiro de 2024
Cuiabá decreta estado de calamidade pública na Saúde após aumento de óbitos
Leito de hospital (Reprodução/SES-MT)
Davi Vittorazzi – Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) – A Prefeitura de Cuiabá decretou estado de calamidade pública na Saúde. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira, 8, na sede do Executivo municipal pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). A medida tem validade por 90 dias.

O decreto tem o propósito de obter auxílio do governo estadual e do governo federal para poder normalizar os atendimentos na área, que apresenta aumento de óbitos em unidades hospitalares. Com a medida, a pasta poderá fazer compras de serviços e insumos com a dispensa de licitação.

Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, durante assinatura do decreto nesta quinta-feira, 8 (Luiz Alves/Secom-Cuiabá)

O documento ainda diz que a secretaria deve apresentar um relatório mensal de prestação de contas aos órgãos de fiscalização.

A pasta estava sob intervenção do Estado desde março de 2023 e foi entregue de volta para a administração do município em janeiro deste ano, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) homologado na Justiça estadual.

Trecho do decreto municipal (Reprodução/Prefeitura de Cuiabá)
Caos na saúde e intervenção

No ano passado, o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) apontou diversas irregularidades na administração da saúde da capital e pediu ao Judiciário a intervenção do Estado. A medida recebeu parecer favorável do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso (TCE-MT).

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou a intervenção e, ao longo da execução da administração da pasta, os problemas como falta de profissionais e a falta de atendimento nas unidades continuaram.

No fim do ano passado, o MP, o Gabinete de Intervenção e o TCE assinaram um TAC para devolver a administração para a Prefeitura de Cuiabá. O acordo foi homologado pela Justiça e, em janeiro deste ano, a pasta voltou para a administração municipal. 

Em recentes relatórios de avaliação da intervenção, feitos pela prefeitura, apontaram que houve aumento no número de mortes no Hospital São Benedito e falta de insumos em várias unidades. Na contramão, o Estado afirma que no período de intervenção houve melhora dos atendimentos e nega as informações do relatório.

Veja a íntegra do decreto:
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Editado por Adrisa De Góes
Revisado por Adriana Gonzaga

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