MANAUS – Seguindo as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), profissionais da saúde bucal do país estão realizando apenas procedimentos odontológicos emergenciais e de urgência. A medida é em decorrência da pandemia do novo Coronavírus, que fez com que os cuidados de prevenção e de higienização aumentassem, segundo a cirurgiã dentista Floriana Larissa Romão, especialista em ortodontia.
Ela explica que os procedimentos odontológicos sempre tiveram uma série de cuidados, antes mesmo da Covid-19, pois a biossegurança é fundamental. Apesar dos cuidados redobrados, diz ela, muitas pessoas ainda sentem receio de realizar consultas devido a possibilidade de infecção com o vírus.
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“É importante falarmos sobre os cuidados para mostrar aos pacientes que tomamos todas as medidas necessárias para proteger o cliente e nos proteger. Estamos tomando todo o cuidado, perguntamos se o paciente tinha ficado gripado nos últimos 14 dias, se tinha sentido sintomas de febre ou tosse, para poder o paciente realizar a consulta de forma segura e evitar disseminar o vírus”, pontuou.
Segundo Romão, com a queda no número de atendimentos, os casos de urgência mais registrados no consultório em que trabalha, que leva seu nome, localizado no município de Itacoatiara (a 270 quilômetros de Manaus), no Amazonas, são relacionados aos dentes sisos, que são os últimos molares de cada lado dos maxilares e que podem ser responsáveis por fortes dores faciais e enxaquecas, sendo indicada sua extração por meio de cirurgia.
“O número de procedimentos estéticos caíram, devido estarmos atendendo somente urgência e emergência, procedimentos como tratamento de canal, dente fraturado, cirurgia de 3° molares, abscesso dentários, são os serviços mais procurados ultimamente, pois são problemas que causam dor e não tem como esperar a pandemia passar”, enfatiza Romão.
Aparelho dentário
De acordo com especialista em ortodontia e harmonização facial, Evelinny Araújo, que atua na clínica Dra. Evelinny Araújo Odontologia e Estética, de Manaus, é compreensível o medo da população em realizar consultas, uma vez que ao sair de casa para ir até o local de atendimento, há sensação de vulnerabilidade. Segundo a profissional, todos os cuidados necessários são tomados como forma de prevenção para resguardar tanto a vida do paciente quanto do profissional.
Ela afirma que os profissionais da saúde bucal estão diretamente expostos ao contato com a saliva, sangue e mucosa dos pacientes e, mesmo com um alto risco biólogo, manter a segurança dos profissionais e dos pacientes é prioridade.
Quanto aos pacientes que precisam retornar aos consultórios para manutenção de aparelhos dentários, Araújo explica que as consultas são realizadas sempre uma vez ao mês, ou a partir do vigésimo primeiro dia do último atendimento.
“Exceto em casos específicos, quando há necessidade de mais um retorno ou em menor intervalo. Os pacientes são sempre comunicados sobre a necessidade dos retornos. Hoje em dia há uma variedade de aparelhos ortodônticos, cada um com sua especificidade, mas com a mesma finalidade”, diz a especialista.
O estudante de jornalismo Altemir Coelho, 30, que utiliza aparelho dentário há quatro anos, conta que se pudesse, evitaria de retornar ao consultório odontológico durante o período da pandemia, com medo de se infectar com a doença, mas que pela necessidade de realizar manutenção mensal, precisa ir.
“Apesar de me prevenir com máscara e uso de álcool em gel, nunca se sabe se a pessoa que está ali ou até a própria a doutora portam a doença. Se eu pudesse, sim, evitaria de fazer consulta neste período de pandemia”, diz Coelho.
Mudanças
Segundo Evelinny, com a pandemia do novo Coronavírus, foram adotados novos procedimentos para garantir a segurança dos pacientes e para cada consulta, entre elas, a higienização de maçanetas, cadeiras e cadeiras odontológicas.
“O paciente deve estar com sua máscara individual, chegar em seu horário e não entrar com acompanhante (exceto em casos necessários) pra evitar aglomeração na recepção. Ao chegar no consultório, deve lavar as mãos com água e sabão e em seguida usar álcool 70% disponíveis no consultório; o uso de Pro-pé descartável (aquela proteção que usamos nos pés sobre os calçados) durante o atendimento; Redução da quantidade de atendimentos, o mesmo sendo feito em dias específicos”, finalizou.
Entre as recomendações para esses pacientes específicos, a doutora afirma que são aquelas já relatadas aos que fazem uso do aparelho: selar o fixo ou removível, sempre manter uma boa higienização, abrindo mão de alguns itens como escova interdental, passa fio (fio-dental), ter uma escova sempre macia, entre outras.
“No banheiro do consultório é disponibilizado ao paciente fio dental e enxaguante bucal. E no dia da manutenção, sempre que necessário faço uma limpeza para a remoção da placa bacteriana aderida”, detalha.
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