Cuide das nossas raízes

Desde que passei a me dedicar a cuidar de plantas, um ‘hobby’ que me permite ter um contato próximo com a natureza, na correria do dia a dia, percebi que o maior cuidado que devemos ter é com as raízes. É a integridade dela que, na maioria das vezes, irá determinar o crescimento saudável ou não da planta. As raízes precisam de cuidados constantes, como um bom solo e água, para poderem florescer. Se você rega apenas as folhas, as raízes secam, desaparecem e com isso, a planta inteira se vai.

Essa não é uma coluna sobre jardinagem, claro. Trouxe essa comparação para levantar um questionamento. O que você faz para manter suas raízes firmes? Em toda a trajetória da Sapatinho de Luxo, é perceptível que sempre enaltecemos o fato de sermos uma marca nascida na Amazônia. Temos muito orgulho do lugar de onde viemos e deixaremos isso sempre claro, seja em nossa cultura ou nossa linha editorial. Na Amazônia, geramos muitos empregos, descobrimos e lançamos muitos talentos e, especialmente, cuidamos e valorizamos a nossa gente.

Somos a primeira marca no Brasil (e quiçá, no mundo) a ter um time fixo de influenciadoras indígenas. Não são pessoas que estão conosco somente em datas comemorativas ou que só figuram em nossa marca quando alguma pauta relacionada está em alta. Elas estão conosco SEMPRE, de igual para igual, com todas as outras profissionais do nosso time de mais de 250 influencers.

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Trabalhamos com elas respeitando sua cultura, seu tempo e seu estilo – afinal, é isso que queremos e precisamos em um time plural, não é mesmo? É infeliz que os povos indígenas sejam lembrados pela maioria das marcas e empresas como se fossem personagens. Os povos indígenas existem e resistem.

Eles têm sua população dizimada, suas terras tomadas e seus direitos ceifados. Nossos povos originários. As pessoas que vieram antes de nós, que estavam aqui antes de todos. O que você faz para manter NOSSAS raízes firmes?

Fazemos mais que muitos, mas temos ciência que ainda podemos mais e trabalhamos duro para isso! Além de incluir esses povos, queremos incentivar outros a fazerem o mesmo.

Não olhar para os nossos ‘parentes’ é como deixar que nossas raízes sequem. Sem nossa cultura ancestral viva, e sendo nutrida por eles, perdemos nossa base, nosso elo se desconecta e assim, viramos um amontoado de folhas caídas no chão, sendo lembrados apenas pelo que fomos e não pelo que somos.

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(*)Amazônida, pai e sapateiro.

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