David Almeida e Alberto Neto disputam o segundo turno em Manaus
Por: Letícia Misna
06 de outubro de 2024
Os candidatos David Almeida e Alberto Neto (Composição: Paulo Dutra/CENARIUM)
MANAUS (AM) – O prefeito de Manaus e candidato à reeleição, David Almeida (Avante), disputará o segundo turno com Capitão Alberto Neto (PL). Os dois candidatos foram os mais votados no primeiro turno das eleições municipais deste domingo, 6. Com 95,05% das urnas apuradas, às 17h26, David tem 32,07% e Alberto Neto 25,02%, respectivamente, e se enfrentam na segunda fase da eleição marcada para o dia 27 de outubro. Veja:
A definição de Alberto para o segundo lugar marcou uma reviravolta, porque a maioria das pesquisas eleitorais mostravam Amom Mandel (Cidadania) ou Roberto Cidade (União Brasil) ocupando a segunda posição. Os candidatos do Cidadania e do União Brasil terminam a apuração, respectivamente, em terceiro e quarto lugar.
Marcelo Ramos, candidato do PT, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ficou em quinto lugar. Já Wilker Barreto, do Mobiliza, e Gilmar Vasconcelos, do PSTU, fecharam a lista em sexto e sétimo.
Capitão Alberto Neto fala sobre objetivo e alianças
Em coletiva de imprensa após o fim da apuração, Capitão Alberto Neto destacou o trabalho de sua equipe e de sua vice, Maria do Carmo Seffair, durante a campanha, ressaltando ainda que apesar dos ataques e de “estarem lutando contra máquinas poderosas” a população “os abraçou e fez surgir um sentimento de esperança”.
Alberto Neto também relembrou sua principal causa, que é a questão da violência em Manaus, e aproveitou o momento para criticar a atual administração da capital, comandada por seu rival no segundo turno, David Almeida. “Assaltante não tem vida fácil, tá tendo nesse momento. A terra da Zona Franca de Manaus não pode aceitar uma administração tão pífia que não consegue resolver o problema das nossas pessoas. Nós vamos administrar para o povo. Vamos dar um verdadeiro choque de ordem nessa cidade”.
Neste domingo, o candidato teve suas redes sociais retiradas do ar por decisão judicial, após um pedido do então candidato Roberto Cidade (União Brasil). Sobre o caso, Alberto Neto falou que foi um “ataque à democracia brasileira”.
“Quando o povo quer, a política amazonense precisa entender que a vontade do povo tem que prevalecer. Não adianta querer comprar voto, não adianta querer fugir do debate. O povo tá de olho. O povo não é idiota”, disse, chegando a comparar o pleito do dia 27 como uma disputa “Lula x Bolsonaro”.
A respeito de alianças no segundo turno, o candidato falou ainda que quer tirar “qualquer tipo de rancor do coração”, já que “recebeu muitos ataques” durante a campanha, e que seu objetivo agora é “ajudar a população manauara a tirar o atual prefeito” de sua posição.
David Almeida diz que ‘segundo turno não será entre Lula e Bolsonaro‘
David Almeida, por sua vez, destacou que o crescimento de Alberto Neto nas pesquisas, nos últimos dias, fez acender um alerta. “Eu dizia, inclusive, hoje de manhã, pra vocês, que o resultado das pesquisas não estava retratando o que a gente dizia. O resultado é esse. O presidente Bolsonaro tem uma força muito grande na cidade, isso é inegável”.
Questionado se aceitaria uma aliança com o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), Almeida riu e disse que o apoio que poderia receber do Estado estava ali ao seu lado, referindo-se ao vice-governador, Tadeu de Souza (Avante), seu aliado.
“Ele [Wilson Lima] teve o candidato dele lá, ele teve o desempenho dele lá com o candidato dele. Então, sem nenhum ressentimento, mágoa nenhuma. Inclusive, eu desejo êxito aos candidatos que não foram ao segundo turno. Isso acontece, isso é da democracia, mas nós estamos muito bem da forma que estamos”, disse Almeida.
O atual prefeito também enfatizou que a disputa é entre ele e Alberto, não entre “Lula e Bolsonaro”, conforme afirmou o Capitão anteriormente. “Eleição ideológica de esquerda e de direita, ela é em 2026, a gente não vai antecipar para 2024”.
“Esse negócio de esquerda e de direita, eu vou dizer bem claro pra você: ele [Alberto] não é mais de direita do que eu. Porque do jeito que ele apoia o Bolsonaro, eu também apoiei. E eu tenho apoio também de quem é de direita”, disse.
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