De Kassab ao Psol, jantar com Lula e Alckmin tem jeito de frente democrática

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (à esquerda) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (à direita) (Reuters)
Via Brasília – Da Revista Cenarium

Ponto máximo

O jantar do grupo de advogados Prerrogativas neste domingo, 19, em São Paulo, com as presenças de Lula e Alckmin, é o ponto máximo de efervescência das articulações pela chapa com o petista e o ex-tucano. Depois disso a tendência é deixar o assunto esfriar, segundo fontes do PT. Não só pelas festas de fim de ano, mas pela necessidade de aparar arestas políticas para a viabilização da chapa, os envolvidos na articulação consideram que é preciso deixar o assunto decantar antes de dar os próximos passos.

Frente ampla

Do lado do PT será preciso envolver a direção partidária, que até agora pouco participou das negociações, e convencer internamente aqueles que se julgam prejudicados nos acertos estaduais. Já Alckmin tem que decidir em qual partido vai se filiar. Setores influentes da direção petista preferem o PSD. No jantar do Prerrogativas estarão, além de Lula e Alckmin, Marcio França, Haddad, Flávio Dino, lideranças do PCdoB e do Psol, e Gilberto Kassab. Do Amazonas, o vice-presidente da Câmara, o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), está entre os convidados. A ideia é passar a imagem de uma frente ampla e democrática em torno da dupla.

Quem manda

O Centrão demonstrou quem é que manda no Orçamento. Ao rejeitar o veto do presidente Bolsonaro ao aumento do Fundão, os deputados apontaram que mais que preocupados com a questão fiscal, o que importa mesmo são as eleições do ano que vem. Para Bolsonaro também não foi um mau negócio. Ele poderá dizer para os apoiadores que foi contra, mas o fato é que precisará de recursos para sua campanha presidencial. Seu novo partido, o PL, e os líderes governistas na Câmara e no Senado votaram em massa pelo Fundão.

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Sem aumento

O ministro da Economia, Paulo Guedes, não costuma economizar quando o tema é “demonizar” o servidor público. Em entrevista coletiva de balanço, voltou a criticar categorias profissionais que reivindicam aumentos de salários. A inflação medida pela variação do IPCA nos 12 meses até novembro alcançou 10,74%. Guedes disse que a resposta do governo ao aumento dos preços foi dar independência ao Banco Central, o que chamou de despolitização da moeda.

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