Decisão do Supremo frustra expectativa de mais deputados para o Amazonas
Por: Adrisa De Góes
30 de setembro de 2025
O Amazonas viu frustrada a expectativa de ampliar sua bancada no Congresso já em 2026. Com base nos dados do Censo de 2022, o Estado poderia conquistar duas novas cadeiras na Câmara dos Deputados, passando de oito para dez representantes, mas uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) congelou qualquer redistribuição até 2030.
O pedido partiu do presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), que defendeu a manutenção do atual modelo até o fim da década. A maioria da Corte acompanhou o relator, ministro Luiz Fux, que entendeu ser mais prudente preservar as regras válidas em 2022. Resultado: nada muda para 2026.
No caso do Amazonas, o impacto vai além da Câmara dos Deputados. A Assembleia Legislativa também ficará com sua composição atual, de 24 cadeiras, quando poderia chegar a 30. O tabuleiro político local precisa ser redesenhado: partidos e lideranças terão que reorganizar candidaturas e alianças para disputar o mesmo número de vagas em um cenário de maior competitividade.
A decisão do STF adia o debate sobre representatividade. Bancadas federais continuarão sem refletir as mudanças demográficas recentes, e Estados em crescimento, como o Amazonas, terão de esperar. A política nacional, por ora, segue com um desenho que já não corresponde ao tamanho real da população.
