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Delegado pré-candidato acusa PC-MT de perseguição por investigar policiais
Delegado Denis Cardoso de Brito atuava em Porto Alegre do Norte (Arquivo pessoal)
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23 de maio de 2024
Davi Vittorazzi — Da Revista Cenarium
CUIABÁ (MT) — O delegado Denis Cardoso de Brito, que atuava na delegacia de Porto Alegre do Norte (a 1.143 quilômetros de Cuiabá), acusa a Polícia Civil de perseguição, após ser alvo de uma operação da Corregedoria-Geral do órgão nessa quarta-feira, 22. O servidor, pré-candidato a vereador, diz que a perseguição começou após investigar policiais ligados ao tráfico de droga e pedir afastamento para atividade política.
Durante a Operação Capsicum, nessa quarta, o delegado foi alvo de afastamento do cargo e de busca e apreensão. No entanto, o servidor já estava de licença remunerada para atividade política, cedida após uma decisão liminar da Justiça. A investigação acusa que o delegado usou um Toyota Corolla para se deslocar até Goiânia (GO), onde morava e é domicílio eleitoral do servidor, e que ele teria usado um fuzil sem ter posse.
O delegado Denis Cardoso é pré-candidato a vereador em Goiânia, recebia salário bruto de R$ 32 mil e estava em estágio probatório como delegado de Porto Alegre do Norte. Ele pediu afastamento remunerado do cargo para atividade política, mas não teve a liberação analisada pela chefe da Polícia Civil no Estado. Então, ele pediu um mandado de segurança à Justiça, sendo concedida por uma liminar na última semana.
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A Comarca de Porto Alegre do Norte expediu as ordens judiciais cumpridas na quarta, com base em investigações realizadas pela Corregedoria da Polícia Civil, para a operação desta quarta. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos municípios de Confresa e Goiânia (GO).
Sede da Polícia Civil em Cuiabá. (PJC-MT)
Denis Cardoso de Brito disse à reportagem que usou o carro citado na investigação, estava há mais de 10 anos parado na delegacia e foi reformado, com o próprio dinheiro, e usado apenas para uma investigação contra os próprios policiais, para não ser reconhecido. Ele nega que tenha viajado com o veículo para Goiânia. Sobre Denis Cardoso, ele informou era de um amigo que ele havia dado carona e a polícia apenas encontrou a embalagem da arma que era importada.
“Eu tirei dinheiro do meu bolso para que a gente fizesse uma investigação contra o tráfico de drogas. Uma investigação velada, porque tinha policiais envolvidos nisso e nossos carros todos eram ‘manjados’ [reconhecidos]“, disse.
Segundo o delegado, ele era responsável por outras quatro cidades e tinha 12 inquéritos sobre sua apuração, mas que foram todos retirados dele pelo Comando Regional. Em um dos casos, envolvia a investigação contra policiais supostamente envolvidos com o tráfico.
Em resposta aos pronunciamento do delegado, a Polícia Civil apenas informou que estava analisado o pedido de afastamento do delegado, mas haveria conflito ético dele se afastar do cargo em Mato Grosso para exercer atividade política em outro Estado.
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