Depoimentos na CPI e pautas de energia elevam temperatura no Congresso Nacional

Mais palpitantes do que as novelas e séries em exibição, as sessões do Congresso Nacional desta semana têm tudo para ser eletrizantes. (Reprodução/Internet)
Via Brasília – Da Revista Cenarium

Congresso Eletrizante

Mais palpitantes do que as novelas e de que muitas séries em exibição, as sessões do Congresso Nacional (CN) desta semana têm tudo para ser eletrizantes. Na CPI da Pandemia, as altas temperaturas ficam por conta do depoimento do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, nesta terça-feira, 18, e do ex-titular da Saúde Eduardo Pazuello, nesta quarta, 19. Pazuello, assim como a “Capitã Cloroquina”, Mayra Pinheiro, ganharam do STF o direito de calar durante o depoimento no Senado para perguntas que os possam incriminar. É o tipo de silêncio que diz muito, quase uma confissão de culpa antecipada, avaliam observadores da cena política.

Na Câmara, o foco será a questão energética, com a entrada na pauta de dois projetos: a MP da privatização da Eletrobras e o PL 5829/19, que busca regular o mercado da Geração Distribuída (GD).

Lobby Energético

Numa agressiva campanha contra parlamentares e críticos ao texto do PL da Geração Distribuída, o lobby poderoso das empresas que vendem energia solar busca manter no texto os atuais subsídios ao setor até 2050. Em bom português, querem que o consumidor que não tem como ter sistema solar – a imensa maioria dos mortais – siga pagando a conta destes benefícios por mais 30 anos. O lobby conta com a adesão do empresariado do agro, daí o ponto de contato com as redes bolsonaristas, que têm reforçado a falsa narrativa de que se quer “taxar o sol”, quando na verdade, se quer “taxar o pobre”, diz um dos que defendem mudanças no projeto.

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Abertura de capital

Já sobre a MP 1.031/21, técnicos do governo federal que negociam a MP preferem usar o termo “capitalização da Eletrobras”, porque, alegam, que não haverá venda de ativos da empresa e, sim, abertura de capital na Bolsa de Valores. Pelo menos nesse primeiro momento, a modelagem proposta é lançar ações da empresa no mercado com o governo conservando 45% de participação na Eletrobras. Um líder que acompanha de perto as discussões acredita que a Câmara está próxima de um acordo sobre a medida provisória, que deverá ser discutida ainda nesta semana. Mas ainda há risco de que a MP, que perde a validade em 22 de junho, venha a caducar quando chegar no Senado por conta da grande mobilização dos integrantes da Casa na CPI da Pandemia.

Carluxo na ribalta

O senador petista Humberto Costa acaba de protocolar requerimento para convocar o vereador carioca Carlos Bolsonaro para depoimento na CPI da Pandemia. Se aprovado o requerimento, Zero Dois será o primeiro do clã presidencial a ser chamado a se explicar na comissão, que promete investigar a atuação do chamado gabinete do ódio na divulgação de fake news sobre a pandemia.

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