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‘Depois que eu me tornei mãe, eu vi o quão precioso é o leite materno’, diz doadora no Dia Mundial da Doação de Leite
O Amazonas é um dos Estados brasileiros com maior rede de coleta, contando com três grandes Bancos de Leite Humano (BLH) (Acervo Pessoal)
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19 de maio de 2022
Diovana Rodrigues – Da Revista Cenarium
MANAUS — Nesta quinta-feira, 19, comemora-se o “Dia Nacional e Mundial de Doação de Leite Humano”, com o objetivo de conscientizar e mobilizar mais doadoras. “Depois que eu me tornei mãe, eu vi o quão precioso é o leite materno”, comenta Laís Almeida, doadora, à CENARIUM. O Amazonas é um dos Estados brasileiros com maior rede de coleta, contando com três grandes Bancos de Leite Humano (BLH), com pontos de coleta espalhados por Manaus: na Maternidade Galileia; na Maternidade Ana Braga; Fesinha Anzoategui – Maternidade Balbina Mestrinho.
“Assim que eu tive a minha bebê, a produção de leite foi muito alta, tanto que eu tive dois quadros de mastite bem no início. Mastite é quando o leite fica apedrejado, fica duro no peito e causa febre, enfim. A minha bebê mamava muito bem, só que a produção era muito alta. Percebi que estava começando a estragar o leite. Na verdade, não queria que isso acontecesse. Então, fui buscar informações sobre doação”, diz Laís Negreiros Amaral de Almeida, 31 anos, analista de sistemas, que fez doação por cinco meses, em entrevista à CENARIUM.
“Fiz várias pesquisas e vi que [o leite materno] tem várias propriedades até para ajudar na cicatrização de feridas. Então, eu não posso ser egoísta e esperar que a minha filha seja a única que receba esse bem tão precioso. O que me motivou foi também saber que muitas crianças precisavam. Li matérias dizendo sobre crianças na UTI, que precisavam de leite, e também a questão que estavam com baixo estoque na época. Aí não pensei duas vezes! Para mim, foi o mais gratificante possível, ter conseguido doar tanto leite. Doei cinco meses mais ou menos. Só tive que parar de doar porque eu tive que retornar ao trabalho e não conseguia mais suprir a demanda da minha filha e ter as extrações de leite para doação. Quando eu tive que parar de doar foi um aperto no meu coração”, descreve a sua motivação para iniciar a doação.
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Mais informações sobre a data
A data foi escolhida durante o 5º Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano e o 1º Fórum de Cooperação Internacional em Bancos de Leite Humano, realizado no ano de 2010, em Brasília. Nesse dia, foi realizada a assinatura da Carta de Brasília para a criação da Rede de Bancos de Leite em 23 países, de acordo com o modelo da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.
Todo o leite doado passa por alguns processos até chegar aos bebês prematuros: deve ser pasteurizado e submetido a um rigoroso controle de qualidade. Lembrando que o alimento materno é providencial para a recuperação, desenvolvimento e bem-estar dos recém-nascidos.
Com o objetivo de facilitar a doação, os bancos de leite disponibilizam orientações, materiais (frascos, EPIs e etiquetas de identificação), têm equipes para coleta em domicílio, além de enviarem vídeos, com instruções de como se faz a extração e a higienização do peito, a fim de facilitar o maior número de doações do leite materno e assim ajudar mais bebês e crianças pelo Estado.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), de janeiro a abril deste ano, 310 mães fizeram doação para os três BLH, com 22 postos de coleta na capital e no interior. Válido ressaltar que toda mãe, com excedente na produção de leite, pode ser uma potencial doadora. “A data, 19 de maio, veio para comemorar a doação de leite, ou seja, incentivar a sociedade a mostrar a importância da doação e informar as mulheres que estão produzindo bastante leite onde elas podem realmente procurar para fazer suas doações”, diz a coordenadora do BLH da Galileia, da Maternidade Azilda Marreiro, enfermeira Ana Hilda Brito.
“A SES-AM esclarece que o incentivo à doação de leite materno é realizado ao longo do ano e neste mês de maio ocorre a intensificação, em razão do Dia Nacional e Mundial de Doação de Leite Humano, celebrado nesta quinta-feira, 19. A data é dedicada às ações para fortalecimento da doação de leite materno para benefício de bebês prematuros ou de baixo peso internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn) e que não podem ser amamentados diretamente no seio da própria mãe”, segundo a assessoria.
“As doadoras podem ligar. Temos em Manaus três Bancos de Leite. Basta ligar e informar que quer ser doadora, a gente faz uma entrevista e vai na casa da doadora, de preferência nas proximidades dos bancos, que é onde a gente consegue chegar, fazer a rota. Fazemos as orientações, com a entrega de kits que são os frascos esterilizados, gorro e máscara, com identificação de como faz a retirada e como conservar. O Banco passa também para buscar esse leite e deixa mais frascos, se ela quiser ser doadora por mais tempo”, revela Ana Hilda Brito.
Como doar leite?
Para coleta de leite materno, seguem mais informações:
BLH da Maternidade Galileia – Ligue para 36435523 ou 991705783
Posto de Coleta de Leite Humano Sophia Rocha Rodrigues, Hospital Francisca Mendes (HUFM), localizado na Rua Camapuã, 108 – Cidade Nova 2;
UBS Armando Mendes, Rua 5, s/n° – Manoa;
Maternidade Azilda Marreiro, Avenida Samaúma, Monte das Oliveiras.
BLH da Maternidade Ana Braga – Ligue para 36474235
Posto de Coleta de Leite Humano da Maternidade Ana Braga, Alameda Cosme Ferreira, s/n° – São José;
Cantinho do Leite Maria Adriana Moreira – Hospital Vó Mundoca, Avenida Amazonas, Cristo Rei – Borba;
Maternidade Nazira Daou, Avenida Camapuã, 108 – Cidade Nova;
Empresa P&G, Avenida Guaruba, 740 – Distrito Industrial;
Maternidade Chapot Prevost, Estrada do Aleixo, Km 16, 190 – Colônia Antônio Aleixo;
UBS Dr. Amazonas Palhano, Rua Antônio Mathias – São José Operário;
Posto de Coleta de Leite Humano de Itacoatiara, Rua Acácio Leite, 2.593, Iraci;
Futuro Sustentável, Avenida Cosme Ferreira, 100 – São José;
Moura Tapajóz, Avenida Brasil, 1.335 – Compensa;
Neideana Ribeiro de Araújo, Rua 1° de Fevereiro, 10 – Nova Esperança, em Tabatinga;
Sementes da Vida, Rua Cosme Ferreira, 100 – São José 1;
Dona Nely Lima do Nascimento, Estrada do Bexiga, 2 – Fonte Boa, em Tefé;
Maria do Socorro Abreu, Travessa 24 de Outubro, 191 – Centro, em Manicoré.
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