Deputada e senadora batem boca na CPMI do INSS e precisam ser contidas


Por: Marcela Leiros*

02 de setembro de 2025
Deputada e senadora batem boca na CPMI do INSS e precisam ser contidas
Bate-boca aconteceu nessa segunda-feira, 1° (Reprodução)

MANAUS (AM) – A sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS dessa segunda-feira, 1°, foi marcada por bate-boca entre a deputada Coronel Fernanda (PL/MT) e a senadora Leila Barros (PDT/DF). Ambas chegaram a se encarar e precisaram ser contidas.

Após a votação de pedidos de prisão preventiva para investigados, a deputada comemorou: “Aprovamos, aprovamos“. A senadora, que estava sentada ao lado dela, se indignou e começou a dizer que a base também aprovou a proposta.

As duas aumentaram o tom, se levantaram da cadeira e começaram a se encarar, com falas como “Acha que eu tenho medo? Eu não tenho medo de você, não” e “Louca é você”. Outros parlamentares, como o senador Randolfe Rodrigues (PDT/AP), interviram para afastar a deputada e a senadora.

Parlamentares de esquerda prestaram solidariedade à senadora. “Minha solidariedade à @leiladovolei, que sofreu ataques grosseiros da dep. Coronel Fernanda (PL-MT). É o modus operandi deles: acham que podem ganhar sempre no grito. Não assustam, nem intimidam. Parlamento não é quartel“, disse o deputado federal Rogério Correia (PT-MG).

Pedidos de prisão

Integrantes da CPMI aprovaram proposta de envio ao Supremo Tribunal Federal (STF) de um pedido para que a Corte autorize a prisão preventiva de 21 pessoas investigadas por suspeita de envolvimento na cobrança ilegal de mensalidades associativas descontadas das aposentadorias e pensões de milhões de brasileiros, em todo o país. O requerimento foi aprovado por 26 votos a favor e nenhum contrário.

Entre as pessoas incluídas no requerimento está o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS“, como é chamado, cuja convocação para depor já foi aprovada. Também constam da lista o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi exonerado do cargo no mesmo dia que a PF e a CGU realizaram a Operação Sem Desconto.

A CPMI também pede a prisão preventiva do ex-procurador-geral do INSS, Virgílio de Oliveira Filho, bem como dos ex-diretores do instituto, André Fidelis e Vanderlei Barbosa, além do advogado Eric Douglas Fidelis, filho de André, suspeito de movimentar valores do suposto esquema que, segundo os investigadores, foram destinados a seu pai, André.

Os outros investigados são Cecília Rodrigues Mota; Thaisa Hoffmann Jonasson; Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira; Alexandre Guimarães; Rubens Oliveira Costa; Romeu Carvalho Antunes; Domingos Savio de Castro; Milton Salvador de Almeida Júnior; Adelino Rodrigues Júnior; Geovani Batista Spiecker; Reinaldo Carlos Barros de Almeida; Vanderlei Barbosa dos Santos; Jucimar Fonseca da Silva; Philipe Roters Coutinho e Maurício Camisotti.

(*) Com informações da Agência Brasil

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