Descarte correto dos EPIs pode evitar poluição, além de reduzir contaminação pelo novo coronavírus


14 de agosto de 2020
Descarte correto dos EPIs pode evitar poluição, além de reduzir contaminação pelo novo coronavírus
Reprodução/Internet

Da Revista Cenarium*

MANAUS – O aumento do uso de máscaras no mundo em decorrência da pandemia do novo coronavírus têm evidenciado mais uma preocupação de agentes de saúde, órgãos de fiscalização e ambientalistas, sobre como deve ser feito o descarte correto desses Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), evitando que eles acabem parando nas ruas, lagos ou igarapés, potencializando a poluição.

Especialistas na área têm reforçado, à exaustão, que após o uso, as máscaras devem ser retiradas seguindo as orientações que evitem a contaminação, inseridas em um saco plástico que deve ser vedado e, em seguida, descartadas em um outro saco, que deve ser utilizado exclusivamente para essa finalidade. 

A secretária executiva de Educação da Associação de Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas (Segeam), Adriana Macedo, explica que medidas como essa ajudam a reduzir o impacto ambiental e podem evitar, inclusive, a transmissão do vírus a outras pessoas.

Isso porque, pesquisas recentes mostram que o novo coronavírus pode permanecer na máscara por até sete dias, dependendo da forma como ela é armazenada e das condições climáticas. E, sendo assim, se jogada na rua, aumenta-se a chance de que outras pessoas tenham contato com o objeto. “Mesmo com o reforço na informação, é bastante comum observarmos máscaras nas ruas, meio-fio e calçadas, o que nos preocupa, já que não sabemos por quanto tempo a pandemia deve durar”, destacou.

Descarte

Apesar de utilizarem EPIs específicos, catadores de lixo, profissionais de limpeza urbana e garis, acabam mais suscetíveis a essa contaminação, por exemplo. E no Amazonas, em especial, o descarte de EPIs nas ruas pode resultar na poluição dos igarapés, já que durante o período de chuvas, o lixo acaba sendo levado pela água. Assim, animais silvestres podem confundir os objetos com comida e prejudicarem-se ao ingeri-los.

Outra dica importante é informar-se sobre o dia da coleta de lixo residencial, para que o material seja exposto apenas nessa data específica. “Assim, evita-se, por exemplo, que o material acabe sendo espalhado, pois sabemos que, infelizmente, o número de animais abandonados nas ruas de Manaus é grande e é comum que eles busquem comida no lixo residencial, espalhando os resíduos nas áreas de acesso coletivo”, frisou. 
Cuidados como deixar os EPIs usados longe do alcance de crianças e animais domésticos também é uma boa dica de segurança, afirma Adriana. 

Ela cita como exemplo para a conscientização sobre o tema, a iniciativa da Agência de Proteção Ambiental Americana, que lançou uma série de vídeos na plataforma YouTube sobre o tema. O título principal é o “Don’t Recycle PPE” e o canal é o U.S. Environmental Protection Agency. “Na Segeam, estamos iniciando um trabalho educativo, através das nossas redes sociais, de modo a alertar a população do Amazonas, sobre como evitar que a natureza sofra esses impactos negativos”, concluiu.

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