Desemprego recua em sete Estados no 3º trimestre; veja ranking
Por: Cenarium*
22 de novembro de 2024
Carteira de Trabalho (Agência Brasil)
MANAUS – A redução da taxa de desemprego do Brasil foi acompanhada por quedas consideradas significativas do indicador em sete Estados na passagem do segundo para o terceiro trimestre, apontou nesta sexta,-feira, 22, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
São os casos de Bahia (de 11,1% para 9,7%), Rondônia (de 3,3% para 2,1%), Rio de Janeiro (de 9,6% para 8,5%), Mato Grosso (de 3,3% para 2,3%), Pernambuco (de 11,5% para 10,5%), Rio Grande do Sul (de 5,9% para 5,1%) e Santa Catarina (de 3,2% para 2,8%).
Nas outras 20 unidades da Federação, a taxa permaneceu relativamente estável, conforme o IBGE. Ou seja, pelos critérios da pesquisa, o indicador não teve uma variação considerada significativa em termos estatísticos, ficando dentro da margem de erro.
No terceiro trimestre, os menores índices de desemprego foram registrados pelo IBGE em Rondônia (2,1%), Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%).
William Kratochwill, analista do IBGE responsável pela apresentação dos dados, apontou que a estrutura do mercado de trabalho é diferente em cada estado e que não há somente um fator para explicar todos os resultados.
Nesse sentido, o pesquisador destacou que Estados como Rondônia têm uma influência maior do emprego na administração pública, enquanto Santa Catarina possui grande impacto da indústria. Mato Grosso é conhecido pelo grande potencial no agronegócio.
“Rondônia tem uma população pequena […]. Essas variações vão tender a ser mais representativas [no estado], vão aparecer um pouco mais”, disse Kratochwill.
Por outro lado, as maiores taxas de desocupação foram verificadas em Pernambuco (10,5%) e Bahia (9,7%), mesmo com as reduções no terceiro trimestre. Distrito Federal (8,8%) e Rio Grande do Norte (8,8%) vêm na sequência.
Na média nacional, a desocupação recuou a 6,4% no período de julho a setembro, após marcar 6,9% nos três meses anteriores. O resultado do país já havia sido divulgado pelo IBGE em 31 de outubro, e os dados estaduais foram detalhados nesta sexta.
A taxa de 6,4%, registrada no Brasil, é a menor para o terceiro trimestre na série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012. A Pnad abrange tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal.
Quando a análise considera os diferentes trimestres da série, uma taxa menor do que 6,4% só foi registrada nos três meses até dezembro de 2013: 6,3%.
De acordo com analistas, a economia mais aquecida do que as previsões indicavam para este ano ajuda a entender os resultados positivos do mercado de trabalho.
Há quem projete taxa de desocupação abaixo da mínima histórica de 6,3% até o fim de 2024, já que o período de final de ano costuma estimular a geração de empregos em setores como o comércio.
Analistas mencionam que o desempenho do mercado de trabalho tende a favorecer o consumo de bens e serviços, o que é positivo para o crescimento econômico.
A demanda em alta de maneira contínua, por outro lado, desafia a trégua da inflação, já que pode pressionar os preços.
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