Desordem em Manaus: advogado diz que trio se apresentou, mas não foi ouvido

MANAUS (AM) – O advogado do trio investigado por causar desordem pública em Manaus (AM), Affimar Cabo Verde, declarou à imprensa que seus clientes se apresentaram à polícia nessa terça-feira, 22, mas não conseguiram ser ouvidos pela equipe do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), na Zona Sul da capital.

De acordo com o advogado, o delegado Cícero Túlio, responsável pelo caso, não aceitou que os suspeitos fossem apresentados e pediu que eles retornassem na quarta-feira da próxima semana, 30. O motivo seria as oitivas de outros casos na unidade policial. “Comparecemos para o fim de prestar os esclarecimentos necessários e isso não foi possível”, declarou Affimar Cabo Verde.

Certidão de comparecimento ao qual a CENARIUM teve acesso indica que outro motivo para a liberação dos investigados foi a proibição, pela legislação eleitoral, da prisão de eleitores cinco dias antes das eleições. O segundo turno será realizado no próximo domingo, 27.

Enrick Benigno Lima, Marcos Vinícius Mota da Silva e Pedro Henrique de Carvalho Baima são investigados no caso de desordem pública em Manaus. Ainda de acordo com o advogado do trio, apesar do vídeo ter repercutido na semana passada, as imagens foram gravadas quando os três eram menores de idade.

Operação

O 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) cumpriu, na segunda-feira, 21, três mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos. As ordens judiciais foram cumpridas durante a “Operação Sangue Azul”.

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O caso ganhou repercussão pública após a divulgação de vídeos onde jovens aparecem praticando direção perigosa, uso de armas de fogo, consumo de bebida alcoólica e depredação de lojas, assim como jogavam o que aparentava ser álcool em pessoas em situação de rua.

“Eles aparecem disparando com armas de fogo, ateando fogo em locais públicos, danificando alguns comércios e perturbando a vida de algumas pessoas. A Polícia Civil logo conseguiu identificar essas pessoas“, declarou o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga.

Investigações

Segundo o delegado Cícero Túlio, depois que os suspeitos foram identificados, foi solicitado ao Poder Judiciário pelas prisões temporárias deles e pelos mandados de buscas e apreensões em suas residências, os quais foram deferidos pelo Poder Judiciário.

“Durante todo o dia de hoje, os policiais civis do 1º DIP realizaram diversas diligências e conseguiram apreender diversos equipamentos eletrônicos, que serão encaminhados ao Departamento de Inteligência de Polícia Judiciária (DIPJ), da Polícia Civil, para que operacionalizar a quebra de sigilo de dados telemáticos, além de terem apreendido diversas munições calibre 380 na casa de um dos suspeitos”, falou o delegado, na segunda-feira.