Dez maiores infratores ambientais do País queimaram área de cinco cidades de SP


Por: Cenarium*

01 de novembro de 2024
Dez maiores infratores ambientais do País queimaram área de cinco cidades de SP
Pará lidera ranking e focos superam "Dia do Fogo" em 2019 (Nilmar Lage / Greenpeace)

BRASÍLIA (DF) – Os dez maiores infratores ambientais do Brasil, alvos de multas milionárias aplicadas pela Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) neste ano, foram responsáveis pela queimada de uma área total de 7.420 km² de vegetação nativa na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal.

Trata-se de um volume de floresta equivalente a quase 5 vezes o tamanho da cidade de São Paulo, com seus 1.521 km².

Folha teve acesso a detalhes de cada um dos 133 autos de infração que agentes do Ibama emitiram até o último dia 18. São casos relacionados especificamente a queimadas criminosas ocorridas neste ano. Cada multa contém informações sobre a área queimada, o que motivou o incêndio, quem foi o responsável pelo dano e por quê.

Juntos, os dez maiores infratores somam R$ 375 milhões em multas. Isso equivale a 78% do total das atuações dadas pelo Ibama em todo o país, que já somam R$ 480 milhões.

Um dos casos é o do advogado Alexandre Capua Martignago, sócio do Bulhões & Advogados Associados, que tem entre seus clientes o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ex-operador de caça-níqueis.

Seu escritório também representa o banqueiro Daniel Dantas e até mesmo a Itália no caso Cesare Battisti. A firma é liderada por seu sogro, Nabor Bulhões, que já defendeu nomes como o delator da Lava Jato Marcelo Odebrecht e o ex-presidente Fernando Collor.

Segundo as informações do Ibama, um incêndio em fazendas de Martignago em Mato Grosso destruiu mais de 3.000 hectares de vegetação —ele recebeu uma multa de quase R$ 23 milhões.

O incêndio aconteceu há cinco anos, mas tudo bem, eles podem me autuar quando quiserem. Mas eu não tenho culpa e o valor da multa é estratosférico“, afirmou o advogado, ao ser procurado pela Folha.

Leia a matéria na íntegra neste link.

(*) Com informações da Folhapress

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