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Dia do Pão: inflação atinge principais ingredientes e deixa produto cada vez mais caro
O aumento do produto está diretamente ligado à inflação no preço dos principais ingredientes que compõem o pão. (Reprodução)
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16 de outubro de 2022
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium
MANAUS – Importante produto na mesa dos brasileiros, o pão francês vem sofrendo aumento no preço ao longo dos anos e ocupando cada vez menos espaço no café da manhã. O aumento do produto está diretamente ligado à inflação no preço dos principais ingredientes que compõem o pão.
O trigo, por exemplo, subiu 130% entre janeiro de 2020 e abril de 2022. O aumento está atrelado a diversos fatores externos, como a pandemia da Covid-19, a inflação das commodities e a Guerra entre a Rússia e a Ucrânia, principais fornecedores do mercado, que já dura oito meses. A farinha de trigo, produto utilizado na produção dos pães, subiu 117%, acompanhando a alta do cereal de forma lenta.
Outro ingrediente principal na fabricação do pão francês é o ovo, que também sofre com consequentes altas. Isso porque, de acordo com o Estudo Sobre Variação de Preços dos Produtos na Pandemia, realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o ovo foi o produto que apresentou a maior variação de preço, com índice de 202,13% acima da inflação oficial.
Para a economista Denise Kassama, a Rússia é atualmente um dos maiores produtores de trigo no mundo, mas por estar em guerra, bem como as consequentes sanções econômicas impostas a ela, prejudica seu fornecimento.
“A interrupção da oferta do produto pela Rússia desestabiliza o mercado global, pois reduz a oferta, aumentando a demanda pelo produto dos demais países produtores. Assim, teremos uma tendência de alta de preços para todos os produtos que utilizam esta commoditie, tais como pão e massas de uma forma geral. Quanto mais tempo o conflito durar, maiores serão as altas do produto”, disse Kassama à REVISTA CENARIUM.
Preço
Um levantamento feito pela A Gazeta mostra a diminuição na quantidade de pães que se comprava desde o plano real em 1994 até os dias atuais. No ano que a moeda foi lançada, uma unidade de pão francês custava em média, R$0,09 centavos.
Com um real, em 1994, era possível comprar 11 unidades de pão francês, com as consequentes inflações e diminuição no poder de compra, o brasileiro quase 30 anos depois compra uma unidade de pão com um real, com o produto custando, em média, R$0,85 centavos.
Atualmente, para o brasileiro encher a sacola como se fazia em 1994 com 11 pães a R$ 1, é necessário desembolsar cerca de R$9,35, com cada pão pesando em torno de 50 gramas. De acordo com o economista consultado pela Gazeta, Ricardo Paixão, a inflação dos insumos impacta diretamente no preço do produto final.
“Isso recai também sobre o pãozinho do dia a dia. Hoje, por exemplo, temos ainda uma inflação de custos. A maior parte do trigo utilizado no País é importante e isso acaba encarecendo o produto final”, explica o economista.
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