Dia Mundial Sem Tabaco: médico alerta que fumantes têm mais chances de morrer por Covid-19

Médico explica que tabagismp aumenta as chances de morte devido à Covid-19. (reproduçãao/internet)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – Considerado uma doença crônica pela dependência à nicotina presente nos produtos à base do tabaco, o tabagismo mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E com a pandemia do novo Coronavírus, de acordo como alerta a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), fumantes infectados com o vírus têm 14 vezes mais chances de morrer do que as não fumantes.

O fato de os fumantes estarem mais propensos à infecção viral, faz deste um bom momento para se pensar em tratamentos antitabagismo. E como neste domingo, 31, celebra-se o Dia Mundial Sem Tabaco, criado para alertar a sociedade sobre as doenças e males causados pelo tabagismo, a Socesp lançou em seu site uma campanha voltada à conscientização sobre os perigos de fumar.

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O risco provocado pelo uso do cigarro também é alertado pelo médico Alex Sá, do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, de Manaus, no Amazonas. Segundo ele, o hábito de fumar está associado ao aparecimento de diferentes doenças, não somente as pulmonares.

“O fumo é um problema grande que pode tanto aumentar o risco de morte, quanto o agravamento de doenças. Porque isso acontece: o tabagismo age em diferentes formas no nosso sistema imunológico, enfraquecendo ele, a gente chama de imunodepressão: tanto na imunidade (celular) quanto na imunidade humoral. Dentro dos componentes do cigarro, temos a nicotina com auto potencial de dependência, mas vêm outras substâncias, também, que causam várias alterações, gerando a oxidação”, disse o médico à REVISTA CENARIUM.

Dr. Alex Sá, oftalmologista

O especialista explicou, ainda, que a nicotina gera um problema de inflamação, baixando a imunidade do fumante, diminuindo o potencial de se proteger de infecções. Além de aumentar o risco de morte em pessoas com Covid-19, o tabagismo afeta a saúde do paciente diagnosticado com outras doenças.

“Exemplos como tuberculose, que é um problema de saúde pública, aumenta-se em duas vezes o risco de desenvolver essa doença; pessoas que têm o HIV contraído, para desenvolver a síndrome da imuno-deficiência adquirida, a AIDs, também têm o potencial aumentado só por ser fumante; pessoas que têm riscos de desenvolver doenças coronarianas como o infarto, acidente vascular cerebral, têm esse risco aumentado em quatro vezes só por fumar, fora o desenvolvimento de câncer, mortes por doenças do pulmão”, finalizou.

Estatística

Dados da Socesp mostram que 7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens são fumantes no Brasil, deixando o País no oitavo lugar no ranking mundial de tabagistas.

Apesar disso, nos últimos anos, o número de brasileiros que mantiveram o hábito de fumar caiu em 38%. Em 2019, 9,8% afirmavam ter o hábito de fumar, enquanto em 2006 o índice era de 15,6%.

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