Diabetes descontrolada pode favorecer quadros mais graves da Covid-19

Em Manaus, a Segeam tem atuado de forma técnica e rigorosa através Programa Pé Diabético e Lesões Cutâneas, desenvolvido pela SES-AM (Divulgação)

Da Revista Cenarium*

MANAUS – Uma parte expressiva das mortes por Covid-19 está ao diabetes, doença crônica que altera o metabolismo e que se não estiver controlada, pode levar a outras enfermidades e até à morte por si só. A alteração, que acomete 16,8 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, precisa de acompanhamento constante, com aferição dos níveis de glicemia e a utilização dos medicamentos indicados para cada um dos seus tipos (1 ou 2).

“Na pandemia do novo coronavírus, uma parcela da população acabou negligenciando essa condição, quando a orientação é que os cuidados sejam redobrados, uma vez que a doença favorece quadros mais graves da Covid”, destacou a presidente da Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas, enfermeira Karina Barros.

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Em julho deste ano, o quadro ‘Saúde não tem hora’, apresentado pelo médico Dráuzio Varella, revelou que pelo menos 1/3 das mortes por Covid-19 no Brasil tinha alguma associação com o diabetes, dado bastante relevante e que demonstra a necessidade de se ampliar o controle da doença no período pandêmico.

Considerada uma comorbidade (doença que pode contribuir para a evolução de outras patologias), o diabetes é controlado inicialmente na atenção básica. A visita periódica ao endocrinologista e a orientação por parte da enfermagem, em especial em casos que necessitam de acompanhamento mais frequente e trocas de curativos, como os de pacientes amputados, por exemplo, são de extrema importância, destaca Karina.

Em Manaus, a Segeam tem atuado de forma técnica e rigorosa por meio Programa Pé Diabético e Lesões Cutâneas, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), há seis anos, em seis policlínicas da cidade. O Ambulatório de Egressos, que é vinculado ao programa e recebe pacientes que superaram lesões graves ocasionadas pela doença, é um dos focos.

“Lá, orientamos que uma alimentação adequada e com poucos carboidratos, a prática de exercícios físicos quando for possível, o controle medicamentoso, a verificação diária dos pés (para detectar eventuais lesões ainda no começo), consultas oftalmológicas anuais (pois o diabetes afeta a visão quando descontrolado), e evitar bebidas alcóolicas e o cigarro, ajudam no controle da doença, além de promover mais qualidade de vida ao paciente”, destaca Karina.

Ela reforça, ainda, que em caso de alteração significativa da glicemia, um médico deve ser consultado imediatamente. “O descontrole do diabetes pode provocar problemas cardíacos, distúrbios alimentares, depressão, entre outros. Por isso, cada um deve fazer a sua parte para que novos problemas de saúde apareçam”, concluiu.

(*) Com informações da assessoria

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