Dicotomia: Trump nega amizade, mas Bolsonaro diz ser apaixonado
Por: Bianca Diniz
15 de julho de 2025
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, declarou em entrevista à imprensa nesta terça-feira, 15, que considera injusto o tratamento dado ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro pelo Judiciário brasileiro, classificando o processo contra ele como uma “caça às bruxas”. Apesar do apoio, Trump afirmou que “não é amigo pessoal de Bolsonaro”.
No mesmo dia, Bolsonaro respondeu, em entrevista concedida ao Portal Poder360, reafirmando que possui admiração pelo presidente estadunidense. “O Trump é imprevisível. Eu gosto dele. Eu sou apaixonado por ele, pelo povo americano, pela política americana, pelo país que é os Estados Unidos. Eu nunca neguei isso desde o tempo de garoto. O Trump sabe disso. Ele sempre me tratou como irmão”, afirmou.
A dicotomia nas declarações dos dois líderes expõe as diferenças de estratégias distintas em um cenário político sob pressão e movimentações. Trump, ao negar amizade pessoal, estaria buscando preservar a imagem? Mas ainda assim, mantém o apoio a Bolsonaro para reforçar o alinhamento ideológico entre as direitas dos dois países. Bolsonaro, por sua vez, aposta numa retórica de “paixão e irmandade” para fortalecer a base bolsonarista no País e consolidar a identidade política alinhada ao conservadorismo.
A relação de Trump com Bolsonaro e vice-versa, serve de exemplo para os brasileiros entenderem como a política contemporânea mistura interesses estratégicos e simbólicos, desta vez, em um jogo que ultrapassa as fronteiras e influencia a dinâmica global. Entre distanciamento pragmático e declarações emotivas, Trump e Bolsonaro mantêm uma aliança.
