DIREITO DE RESPOSTA – Lis Nobre

Direito de Resposta CASARÃO DE IDEIAS

Da Revista Cenarium

De forma espontânea, a REVISTA CENARIUM concede Direito de Resposta extrajudicial a Sra. Elisangela Nobre citada na matéria: Lei Aldir Blanc em Manaus: filha de Amazonino recebe R$ 60 mil e R$ 4 milhões ficam concentrados nas mão de 30 artistas; não contemplados precisam de ajuda.

Leia mais sobre o assunto: De diretor municipal à artista na Grécia: veja alguns dos contemplados pela Lei Aldir Blanc no Amazonas

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DIREITO DE RESPOSTA

Eu vivo entre o Amazonas e a Grécia há muitos anos.( Sou casada com um
grego). Não sei se você sabe, mas meu nome artístico é Lis Nobre.Tenho uma trajetória de mais de trinta anos nas Artes Cênicas e uma atuação
constante na formação de gerações de novos artistas nessa área(
Teatro/ Dança/ Circo Contemporâneo).

Enfatizo sobretudo este último. Fui a primeira e durante anos, a única contemplada no primeiro edital de fomento para esta área, do estado do Amazonas. O edital em questão era o ProArte.

Sobre a Lei Emergencial de Auxílio aos Artistas Aldir Blanc e o Premio
Feliciano Lana e Conexões Culturais, nos quais fui contemplada e que
resultou em um projeto de Residência e Formação em Circo Contemporâneo, realizado no formato On Line via Zoom, prioritariamente
voltado aos profissionais, ou jovens artistas em vias de
profissionalização da cidade de Manaus e um público em geral, a
partir do compartilhamento de um Processo de Criação à distância que
já acontecia, que seja dito MESMO ANTES da Lei e do Auxílio( Prêmio
Conexões Culturais);

E um projeto em andamento de Montagem de um espetáculo, em que estarei sozinha em cena, mas que em sua síntese e gênese, contém o trabalho de pelo  menos, 10 profissionais, sendo que para sua estréia e apresentação ( presencial, se possível, ou online, em uma data que ainda não pôde ser definida, em razão das circunstâncias da crise sanitária mundial e do estado de calamidade da saúde pública no Amazonas) conta e contará, com uma equipe renomada de artistas, tanto local quanto internacional.

Além da realização de conversas e debates, abertos ao público interessado, do estado do Amazonas e do mundo( devido à própria característica do projeto e da minha trajetória artística);Fato que considero positivo e benéfico às artes e à cultura do nosso estado. Acredito que, assim também o
considerou, a equipe e os técnicos que analisaram a proposta, e a
classificaram em primeiro lugar em sua categoria.

A lei emergencial Aldir Blanc tem uma proposta clara e alguns eixos que
devem ser analisados em profundidade. É necessário um cuidado a todos
que se propõem analisá-la,bem como sua aplicação. O cenário de calamidade é uma constante no meio artístico do Brasil e
arrisco dizer, do mundo atual. Ou seja, não é a Lei Aldir Blanc que
irá resolvê-lo.

Até porque esta lei não deveria ser uma lei de fomento, mas temos muitas nuances que precisam ser consideradas, e que infelizmente, não estão sendo. (P.S: posso me aprofundar neste quesito em algum momento)
De volta à sua pergunta: me sinto tranquila e feliz, de saber que minha
trajetória artística e minha dedicação em contribuir para o
desenvolvimento, a formação e o movimento da cadeia produtiva do setor
cultural do estado do Amazonas, perpassam,se tornam coesas e coerentes
com estes projetos contemplados.

A tragédia real é que seja necessária uma pandemia, mortes, crise
sanitária e colapso do sistema de saúde pública, para que se exponham
as fraturas e a insegurança social dos que dedicam uma vida inteira a
criar Arte e trabalhar pela Cultura.

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