Documentário sobre artistas do Amazonas é selecionado em mostra internacional de curtas

Leandro Tapajós. (Divulgação)

Com informações da assessoria

A música autoral – seja samba ou indie – que vence fronteiras pela web, a dança contemporânea de jovens caboclos do Rio Solimões, o grafite que dá cor aos muros com as formas de sereias, a literatura com personagens LGBTQIA+, fotografias que venceram prêmios importantes do fotojornalismo nacional, entre outros exemplos do fazer artístico estão presentes no documentário: “AjuriArtes: amazônidas fazedores”. A produção, dirigida por Leandro Tapajós, foi selecionada para a 2ª Mostra Internacional Audiovisual [Em] Curtas (Variações em Sessões), com voto popular e exibição para mais de 100 países no sábado, 20.

Curta é apresentado ao público. (Foto: Divulgação)

O curta é resultado de projeto premiado por meio da Lei Aldir Blanc, que nasceu com propósito de divulgar fazedores culturais atuantes na Amazônia.

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“Em 25 minutos, o ‘doc’ mostra dez recortes sobre esse fazer amazônico atual que caminha entre o urbano e o ancestral”, define o diretor. 

Significado

Termo indígena, “ajuri” significa mutirão. O sentido de comunidade compõe o projeto AjuriArtes, que nasceu após receber o prêmio Feliciano Lana, em dezembro de 2020. O mutirão amazônico reúne os relatos e obras de Deborah Erê (arte urbana), Dudu Brasil (samba), Gabriel Mar (literatura), João Fernandes (produção cultural), Kevin Peres (dança), Olívia de Amores (música), Ricardo Oliveira (fotografia), Rodrigo Castro (cinema), Taciano Soares (teatro) e Turenko Beça (artes plásticas).

Registro mostra o fotógrafo Ricardo Oliveira. (Divulgação)

Durante os primeiros meses de 2021, mesmo durante a pandemia, uma equipe com cerca de 30 profissionais criou um site (www.ajuriartes.com.br) com reportagens, ensaios fotográficos, minidocumentários, um curta-metragem e uma avant première. O audiovisual que será exibido na mostra foi produzido em Manaus, com imagens também captadas em Codajás, no interior do Amazonas.

“O projeto nasceu para unir comunicação e arte pela web. Se o artista precisa ir aonde o povo está, então, ele precisa caminhar pela internet. Compreendo bem os dois lados dessa divulgação por ser jornalista e artista plástico. Decidi unir os dois mundos e criar produtos que tenham esse compromisso de diminuir as barreiras geográficas para tornar conhecida a produção cultural que eclode entre nossas cidades, florestas e rios. A Amazônia tem muito som, cor, forma, movimento e energia que precisam ser conhecidos e valorizados de fato. Um passo nesse sentido é poder contar com um dos resultados do projeto AjuriArtes entre os selecionados em um festival de cinema na internet, que agrega pessoas de vários cantos”, cita Leandro Tapajós, que largou as redações da grande mídia em 2018 para se dedicar à produção cultural e à criação de projetos como o “AjuriArtes” e o “Hoje tem festa de boi”, que mapeou mais de 120 bois-bumbás em todo o Amazonas e resultou em site, fontes de pesquisas, vídeos, eventos e um livro-reportagem.     

Mostra [em] curtas

Segundo a organização do evento (https://www.instagram.com/emcurtas/) , os filmes serão exibidos no Canal Oficial da Mostra no YouTube, de 20 a 26 de novembro, e, logo em seguida, ficarão disponíveis no “Cine-Ressaca” por um fim de semana, nos dias 27 e 28 de novembro, na VRTChannel – um canal interativo de streaming – com exibição para vários países (https://vrtchannel.tv.br/).

Todos os filmes que foram selecionados para as nove sessões poderão participar da votação pelo Júri Popular. Os formulários ficarão disponíveis para votação a partir do dia 20/11 e serão disponibilizados até o fim da exibição no canal da Mostra [em]curtas, 26, recebendo votação. (Link para acesso: https://linktr.ee/emcurtas).  

O curta “AjuriArtes: amazônidas fazedores” será exibido na Sessão 8 – Mostra de Docs. Na qual também serão exibidos os filmes: Cristino Wapichana; Mihe’aka Voxené: Simoné Veyopé Ûti! (Abre Caminho: nossas câmeras chegaram!); e Taxa de Retorno.

Sinopse do curta

O documentário reúne entrevistas com dez fazedores culturais de várias áreas da artes, atuantes na Amazônia brasileira: Deborah Erê; Dudu Brasil; Gabriel Mar; João Fernandes; Kevin Peres; Olívia de Amores; Ricardo Oliveira; Rodrigo Castro; Taciano Soares e Turenko Beça. A produção aborda sobre o fazer artístico com as influências urbanas e ancestrais amazônicas. O curta – gravado em meio à pandemia – é um dos resultados da primeira edição do movimento AjuriArtes, que nasceu em Manaus com o objetivo de divulgar artistas na web por meio de textos jornalísticos, audiovisual e fotografias. O projeto, idealizado pelo jornalista e produtor cultural Leandro Tapajós, recebeu o prêmio Feliciano Lana (2020), com incentivo da Lei Aldir Blanc, em 2021.

Projeto Ajuriartes

A primeira edição do AjuriArtes é assinada pela Guerreiro Tapajós – Comunicação, Cultura e Eventos e foi contemplada pelo Programa Cultura Criativa – 2020/ Lei Aldir Blanc – Prêmio Feliciano Lana, do Governo do Estado do Amazonas, com apoio do Governo Federal – Ministério do Turismo – Secretaria Especial da Cultura, Fundo Nacional de Cultura. Os resultados do projeto poderão ser acessados no site www.ajuriartes.com.br e no canal Guerreiro Tapajós, no YouTube (https://www.youtube.com/channel/UCOvLxKHjWdUS20hsGYjZvfQ). Ao todo, para a primeira edição, foram produzidos 10 minidocumentários, 10 ensaios fotográficos e 10 reportagens com os artistas selecionados. Além do curta que será exibido na 2ª Mostra Internacional Audiovisual [Em] Curtas.

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