Dólar volta a subir e bate R$ 5,46, com avanço da variante Delta


20 de agosto de 2021
O ambiente negativo potencializa a aversão ao risco observada no exterior(Viacheslav Lopatin/Shutterstock)
O ambiente negativo potencializa a aversão ao risco observada no exterior(Viacheslav Lopatin/Shutterstock)

Com informações do InfoGlobo

RIO DE JANEIRO — O dólar voltava a operar em alta ante o real nesta sexta-feira, acompanhando o movimento visto no exterior. A combinação de um ambiente externo mais negativo, contaminado pelos temores em relação à disseminação da variante Delta do coronavírus, com o noticiário fiscal e político local contribuem para a desvalorização da nossa moeda.

Por volta de 12h05, a divisa americana era negociada a R$ 5,4333, alta de 0,21%, após já ter atingido a casa dos R$ 5,46. No mesmo horário, o índice Ibovespa subia 0,13%, aos 117.312 pontos.

O Ibovespa chegou a abrir em queda, mas a melhora no sinal emitido pelos mercados americanos ajudava a nossa Bolsa.

No caso brasileiro, pesam as discussões em torno de temas que movimentaram a agenda econômica nas últimas semanas, como a indefinição sobre a votação da reforma do imposto de renda (IR) e a respeito da reformulação do programa Bolsa Família e da proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.

Esse ambiente negativo potencializa a aversão ao risco observada no exterior, que ainda conta com os receios sobre a retirada dos estímulos econômicos por parte dos bancos centrais, em especial o americano, e os obstáculos que novas medidas restritivas para combater a pandemia possam gerar para uma retomada econômica ainda não consolidada.

“Apesar de acreditarmos que há espaço para novas altas do Ibovespa nos níveis de preço atuais, a manutenção de um cenário de frágil para a economia local não deverá permitir uma recuperação mais robusta do índice no curto-prazo”, escreveram analistas da Guide Investimentos, em nota matinal.

Ações

Entre as ações, as ordinárias da Petrobras (PETR3, com direito a voto) cediam 1,51% e as preferenciais (PETR4, com direito a voto), 1,24%.

As ordinárias da Vale (VALE3) subiam 0,45%, recuperando-se do tombo do dia anterior. As da Siderúrgica Nacional (CSNA3), cediam 0,24%.

As preferenciais da Usiminas (USIM5) tinham leve baixa de 0,18%.

No setor financeiro, as preferenciais do Itaú (ITUB4) e do Bradesco (BBDC4) caíam 1,51% e 0,57%, respectivamente.

Nas maiores altas, destaque para os papéis ON da Sabesp (SBSP3), que subiam 12,22%. O movimento ocorre depois que o o deputado Rodrigo Maia (sem partido) afirmar que pretende deixar organizada até o final de sua gestão como secretário de Projetos e Ações Estratégicas em São Paulo a concessão ou privatização da empresa.

Bolsas no exterior

As bolsas americanas operavam com alta. Por volta de 12h05, no horário de Brasília, o índice Dow Jones subia 0,36% e o S&P, 0,58%. Em Nasdaq, havia alta de 0,88%.

Na Europa, as bolsas operavam no positivo. Tambem por volta de 12h05, em Brasíia, a Bolsa de Londres subia 0,39%. Em Frankfurt e Paris, ocorriam altas de 0,17% e 0,33%, respectivamente.

As bolsas asiáticas fecharam em queda, com novos temores de regulação na China. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, cedeu 0,9%. Em Hong Kong, houve baixa de 1,84% e, na China, de 1,10%.

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