Da Revista Cenarium*
MANAUS – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite dessa sexta-feira, 31, durante reunião realizada com a imprensa em seu avião presidencial, que irá banir o aplicativo de vídeos TikTok do País. Trump alegou que a decisão é movida por razões de segurança nacional.
Autoridades de segurança e parlamentares estadunidenses já haviam expressado preocupações de que o TikTok, cuja popularidade vem aumentando rapidamente nos EUA, possa ser uma ferramenta dos serviços de inteligência chineses.
De acordo com o presidente, a medida de banimento deve ser formalizada ainda nesse sábado, 1º.
A ação anunciada surgiu após uma análise do Comitê de Investimentos Estrangeiros dos EUA (CFIUS), que investiga possíveis ameaças à segurança nacional, e que lançou dúvidas quanto ao uso seguro da rede social.
Autoridades norte-americanas expressaram dúvidas quanto à segurança dos dados dos usuários e de possíveis vínculos com o Partido Comunista Chinês.
No início de julho, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou Pequim de utilizar o TikTok como ferramenta de espionagem e de distribuição de propaganda. A empresa ByteDance, que desenvolveu a plataforma, nega qualquer ligação com o governo em Pequim.
O TikTok, utilizado pelos usuários para compartilhar vídeos de curta duração, é bastante popular entre os adolescentes. Estima-se que o aplicativo já tenha conquistado em torno de um bilhão de pessoas em todo o mundo.
Resposta do Tiktok
A empresa se recusou a comentar a fala de Trump, afirmado apenas que confia no “sucesso em longo prazo” do TikTok.
“Centenas de milhares de pessoas acessam o TikTok para entretenimento e para se conectar, além de nossa comunidade de criadores e artistas que tiram seu sustento da plataforma”, afirmou a rede social em nota.
O TikTok assegurou que possui alto nível de transparência, inclusive ao permitir o acesso a seus algoritmos como forma de tranquilizar usuários e agências reguladoras. “Não somos políticos, não aceitamos propaganda política e não possuímos uma agenda”, afirmou Kevin Mayer, CEO da rede social, em postagem na última semana. “O TikTok se tornou o mais recente alvo, mas nós não somos o inimigo.”
(*) Com informações da DW
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