Especialistas em Educação e Linguística criam o ‘ABC’ das palavras africanas usadas no Brasil

Priscilla Peixoto- Da Revista Cenarium

Às vésperas do Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial, em 21 de março, a doutora em Educação, Adriana Dantas, com o auxílio do aplicativo de idiomas Babbel, lançou o material intitulado abecedário africano. O manual é uma homenagem às variadas formas e à herança da linguística brasileira.

O trabalho explica a diferença do português falado no Brasil e em Portugal, onde ressalta que o “português brasileiro” é distinto da língua mãe europeia e um dos motivos pelo qual isso acontece é a rica herança cultural dos povos africanos e indígenas no continente americano.

“Esse abecedário é só um pequeno exemplo do quanto o português brasileiro foi influenciado pelos africanos. O Brasil não adquiriu apenas novas palavras, mas, juntamente com elas, ganhou também novos elementos culturais que marcam nossa sociedade”, explica Adriana.

O texto também traz, de forma resumida, as questões das influências das etnias africanas e suas línguas, dando destaque ao banto, língua que abrange Angola, Congo e Moçambique. O material aborda dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando que 55% da população no Brasil é afrodescendente, sendo o País com mais descendentes de africanos fora da África, também com o uso de muitas palavras oriundas do banto.

Veja abaixo um resumo do abecedário produzido pela Adriana Dantas, doutora em Educação pela USP, e linguistas da equipe didática da Babbel  com palavras consultadas no Novo Dicionário Banto de Nei Lopes.