‘É a secretaria do diálogo’, destaca titular da SEC, ao participar do ‘Cenarium Entrevista’

Secretário de Estado de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo Muniz. (Lucas Azevedo/ Cenarium)

Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – O programa “Cenarium Entrevista” dessa terça-feira,16, comandado pela jornalista Liliane Araújo, teve como entrevistado o secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas (SEC), Marcos Apolo Muniz. Durante o oitavo episódio do bate-papo que vai ao ar a partir das 19h, no canal do YouTube da TV Cenarium, o convidado destaca alguns pontos voltados às responsabilidades do atual cargo e a relação com o universo artístico durante a trajetória de vida.

Nascido em Manaus, Marcos Apolo revela que, desde criança, mantém proximidade com diversos âmbitos artísticos. Com paixão pelo teatro, o atual secretário, que já foi ator e diretor de produção, considera que as experiências vividas nos ambientes de fomentações artísticas foram essenciais para administrar de modo mais seguro os atuais desafios da vida profissional.

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“Eu acredito que essas performances foram um aprendizado, na prática. Dentre elas, assumir a gerência do Teatro Amazonas. Receber o auxílio de profissionais competentes e generosos, encarar os grandes festivais de ópera realizados ali e outros grandes eventos, me levaram a querer o aperfeiçoamento. Hoje, sou especializado em gestão e produção de eventos e, isso, sem dúvidas, me dá, atualmente, maior segurança na tomada de algumas decisões”, explica Marcos.

Flexibilização de programações e editais

Após a queda nos números de caso de Covid-19 no Estado e com a vacinação fluindo positivamente, Marcos Apolo destaca a volta gradativa dos eventos esperados pela população, como é o caso das programações natalinas que movimentam a cidade no final do ano.

Desta vez, segundo o secretário, as atividades vêm em novo formato, de modo descentralizado, para contemplar os moradores do interior. “Espero daqui a uns dias divulgar a programação que está em finalização, mas não há como não fazer uma agenda que leve a mensagem de leveza e esperança. O povo precisa”, comenta.

Assista ao programa completo na Tv Cenarium. (Lucas Azevedo/Cenarium)

Na perspectiva do secretário, 2022 será um ano positivo, de superação e sucesso na realização das grandes manifestações populares, como o Carnaval e o Festival Folclórico de Parintins. Conforme o gestor, a equipe da SEC está finalizando a implementação do Sistema Estadual de Cultura.

Além disso, há um planejamento para um edital voltado não para a capital, mas abrangendo o interior. “Temos sim um cenário positivo, mas que ainda não posso expor, embora já tenha um sinal positivo do governo do Estado”, afirma o secretário.

Desafios na pandemia

O responsável pela Secretaria de Cultura enumerou algumas iniciativas voltadas à classe artística durante a pandemia. A categoria foi uma das mais atingidas economicamente durante o caos mundial vivido na área da saúde. Para amenizar as dificuldades sofridas durante o período, foram entregues cestas básicas para, pelo menos, 12 mil trabalhadores da classe e abertos canais de atendimento psicossocial, entre outras atividades de suporte realizadas pela pasta.

“Muitos artistas e técnicos da área trabalham hoje para se alimentar no dia seguinte e se não tiver esse trabalho por longos períodos eles já passam por necessidades. Por isso, focamos nas ações psicossociais e nos editais, como a lei Aldir Blanc. Em resumo, fazemos uma balança priorizando a saúde, mas entendendo que assim como a Secretaria de Ação Social estava atuando, fazendo o papel dela, a Secretaria de Cultura também tinha um grupo grande de pessoas para auxiliar no que fosse possível”, pontua o secretário.

Festival de Ópera como turismo cultural

Durante o programa, o secretário de Cultura destacou a importância do “Festival Amazonas de Ópera” para a fomentação da economia, turismo e cultura do Estado do Amazonas. Segundo Apolo, o festival, que integra o calendário de eventos oficiais do Estado, também possibilita a formação de técnicos e a geração de emprego.

Questionado sobre os desafios de trazer grandes vozes para se apresentar no evento e sobre as adaptações para a realidade local, Marcos Apolo considera que a programação, mesmo sendo um desafio, tornou-se uma referência de sucesso.

“É interessante destacar que a ópera no Amazonas tem uma característica diferente da encontrada em outros lugares. Aqui, é mais popular. Desde o valor do ingresso até o público que você vê dentro do teatro. Quando começou, em 1997, era um desafio muito grande trazer tudo de fora. Até entender como era, foi exaustivo, mas, com o passar do tempo, aprendemos e formamos, inclusive, muitos profissionais na cidade”, comemora.

Assista a este e a outros episódios completos do “Programa Cenarium Entrevista” em nosso canal no YouTube.

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