‘É possível crescer sem dividir’, diz governador do AM sobre federação União Progressista
Por: Ana Cláudia Leocádio
19 de agosto de 2025
BRASÍLIA (DF) – O governador do Amazonas, Wilson Lima (União), participou nesta terça-feira, 19, em Brasília (DF), da convenção que instalou a “superfederação” União Progressista, que é formada pelos partidos Progressistas e União Brasil, e terá a maior bancada no Congresso Nacional, com 109 deputados federais e 15 senadores, sete governadores e mais de 1,3 mil prefeitos. Na cerimônia, Lima destacou que a união das duas siglas é a prova de que é possível trabalhar por um projeto pelo Brasil, sem abrir mão de princípios.
A união das duas agremiações partidárias foi anunciada há quatro meses e aguardava as formalizações junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para passar a valer. Com a abrangência, terá também a maior fatia do fundo partidário, formado por recursos públicos.
Em breve discurso na cerimônia, o governador do Amazonas considerou o momento histórico para o Brasil, em que as duas agremiações políticas se unem em um pacto pelo Brasil. Ele elogiou os dirigentes das duas siglas, como o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, que será o dirigente da federação, e do PP senador Ciro Nogueira (PI), assim como ACM Neto, ex-prefeito de Salvador. Para Lima, eles foram fundamentais para que a federação fosse possível porque abriram mão de vaidades e de projetos pessoais por um projeto maior.
“É um privilégio poder fazer parte desse momento histórico, em que homens e mulheres, representantes do Congresso, representantes dos Estados, governadores, representam o desejo de milhões de brasileiros. Aqui é a prova de que é possível juntar forças sem abrir mão de princípios. Aqui é a prova de que é possível crescer sem dividir. É uma honra poder estar aqui”, afirmou.
Na avaliação de Wilson Lima, essa união também aumenta a responsabilidade e o compromisso para promover o desenvolvimento econômico, com justiça social, com inovação e preservação”. “Principalmente na nossa região amazônica, em que o desenvolvimento econômico tem que andar de mãos dadas com a preservação. Contem com o apoio do Amazonas, contem com a nossa disposição, para que essa união seja a maior união política de todos os tempos”, concluiu.
Participaram da cerimônia o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A federação tem o entendimento de que deve lançar candidatura própria à Presidência da República, em 2026, e o União tem o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como indicado. Há, porém, dirigentes do PP que defendem uma composição em torno do nome de Tarcísio.
Estavam presentes, ainda, o governador de Santa Catarina, Jorginho Melo (PL), e o ex-candidato a presidente, Ciro Gomes, todos oposicionistas ao governo federal. Nenhum representante de partidos de esquerda participou do evento. Mesmo com o anúncio de que a nova federação será de oposição ao Governo Lula, não há data para que ocorra o desembarque da Esplanada dos Ministérios, onde o União Brasil ocupa três pastas.
Além de Lima, participaram da cerimônia outros cinco governadores que integram a federação, sendo três do União Brasil: de Rondônia, Coronel Marcos Rocha; de Goiás, Ronaldo Caiado; e do Mato Grosso, Mauro Mendes. Do PP, estavam o governador de Roraima, Antonio Denarium, e do Acre, Gladson Cameli, que deve migrar para o União. De fora da federação, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também participou da cerimônia.