Economia reage e Rondônia cria mais de 10 mil empresas nos primeiros cinco meses de 2021

A Junta Comercial do Estado de Rondônia avalia que a retomada da economia deve alavancar ainda mais após o avanço da cobertura vacinal contra a Covid-19. (Reprodução/ Governo de Rondônia)

Iury Lima – Da Revista Cenarium

VILHENA (RO) – Rondônia bateu um novo recorde econômico, mesmo atravessando mais um ano pandêmico gerado pela Covid-19. De acordo com a Junta Comercial do Estado (Jucer), apenas os primeiros cinco meses de 2021 resultaram na abertura de 2.720 empresas a mais que em todo o ano de 2020.

Para o governo estadual, este “é um importante indicador do bom desempenho das políticas voltadas ao setor e do incentivo dado à implantação de novos empreendimentos”. De fato, o nascimento de novas empresas tem dado saltos em Rondônia há pelo menos três anos.

Crescimento

A Jucer aponta que, de janeiro a maio deste ano, nasceram novos 10.872 negócios, “já produzindo e gerando empregos”. Os números caminham em expansão desde 2019, quando surgiram 8.490 novos empreendimentos. Em 2020, houve leve baixa, com a criação de 8.152 – o que também foi destaque na época, em razão das incertezas geradas pela chegada do novo coronavírus. Por outro lado, 2021 chegou prometendo ser mais promissor. 

Hoje, 21.735 estão em pleno funcionamento. (Reprodução/Junta Comercial do Estado de Rondônia – Jucer)

O presidente da Junta Comercial do Estado de Rondônia, José Alberto Anísio, avalia que novos empreendedores passaram a acreditar e ver o Estado como uma possibilidade latente para bons negócios. Ao todo, em 2019, Rondônia possuía 19.441 empresas abertas. Hoje, 21.735 estão em pleno funcionamento. E mesmo com a baixa no ano passado em relação a 2019, quando se compara o número de empresas fechadas, o saldo positivo foi de 11,8%.

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Arrecadação

A Secretaria de Estado de Finanças (Sefin) levantou que o faturamento acumulado cresceu 17,2% no ano passado. Além disso, num período de quase um ano, entre 21 de março de 2020 e 5 de março de 2021, os setores que mais lucraram foram os de indústria (23%), agropecuária (20,9%), atacadista (15,3%) e varejista (12,3%).

Por outro lado, perderam o ritmo dos rendimentos, os setores de ramo calçadista, que caiu 19,5%; vendas de motocicletas, com 10,3% a menos; vestuário, com 5,8% e o setor de serviços, que retraiu 3,9%.

Esses números foram responsáveis pelo aumento da arrecadação própria de Rondônia, que chegou a R$ 6,2 bilhões em 2020, crescendo 6,5% em comparação ao ano anterior, quando foram contabilizados R$ 5,8 bilhões. Já neste ano, a arrecadação de todo o mês de janeiro, antes mesmo de chegar ao patamar de mais de 10 mil empresas abertas até maio, cresceu 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado. 

A Sefin também aponta que os bons resultados foram importantes para a recuperação dos empregos com carteira assinada no Estado, no primeiro ano de pandemia, que chegou ao nível de 120%.

A arrecadação própria do Estado chegou a R$ 6,2 bilhões em 2020, crescendo 6,5% em comparação ao ano anterior. (Jeferson Mota/ Reprodução)


Para o presidente da Jucer, José Alberto, a imunização da população do Estado contra a Covid-19 é muito importante para a retomada da economia, que deve acontecer, segundo ele, com ainda mais força, a partir do aumento da cobertura vacinal, que hoje atinge pouco mais de 17% da população rondoniense, que é de quase 2 milhões de pessoas.

Parceria entre vizinhos

Com objetivo de facilitar a abertura de novos empreendimentos, a Junta Comercial e a Zona Franca de Manaus (Suframa) estão em tratativas desde o final do mês passado para estabelecer adesão à Rede Nacional de Empresas e Negócios (Redesim/RO). A ideia é integrar a Redesim aos serviços de inscrição cadastral e solicitação de incentivos fiscais da Suframa.

Criada em 2007 pelo governo federal, a Redesim abrevia procedimentos para a criação de empresas e de negócios, diminuindo também o custo de cadastramento e legalização.

Caso a parceria seja concretizada, a Zona Franca de Manaus deve ser a oitava entidade integrante da Redesim/RO e deve atender aos empresários locais, tornando-se um importante passo para o desenvolvimento do Estado.

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