Eduardo Leite afirma que ‘é preciso entender os rumos do PSDB com Doria’

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite 22/10/2021 (Edilson Dantas / Agência O Globo)

Com informações do Infoglobo

SÃO PAULO – Derrotado nas prévias que escolheram o pré-candidato do PSDB à Presidência, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, diz que é necessário aguardar o direcionamento que o vencedor do processo, João Doria, dará ao partido e reforça que cabe ao governador de São Paulo fazer um gesto para os outros postulantes do centro. “É preciso entender os rumos do PSDB com Doria”, disse. “Espero que o partido não se afaste mais da sua origem”, ressaltou.

Existe alguma possibilidade de o senhor sair do PSDB?

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Não considero sair do PSDB. Espero que o PSDB não saia do PSDB, que não perca sua conexão nem se afaste ainda mais da origem.

O que seria perder a conexão com a sua origem?

A gente viu o discurso feito no domingo das prévias frustradas, de expurgo, depuração do PSDB. Precisa-se esclarecer o que realmente desejava falar o governador (João Doria), agora nosso candidato a presidente (ao defender um “processo de depuração” na sigla). Muito diálogo deve se estabelecer, para entender que rumos ele pretende colocar como candidato. O candidato a presidente acaba tendo força de empurrar o partido numa direção específica.

O senhor pretende se engajar na campanha do Doria?

Naturalmente, o candidato do meu partido é aquele que tem a preferência do meu apoio. Ele precisa, também, mostrar a sua viabilidade daqui para frente. O governador João Doria tem condições de fazer isso. Espero que ele apresente o que espera da minha participação. As possibilidades que eu tiver, pretendo ajudar. Mas cabe destacar também que temos estilos diferentes e métodos diferentes de fazer campanhas. Minha participação será até onde isso possa ser compatibilizado.  

Considera o seu papel mais importante para unir o centro do que para impulsionar o candidato do PSDB?

A eleição de 2022 é talvez a mais importante da nossa História recente. Não entendo que a gente possa entrar nesse processo simplesmente para defender um nome ou para defender o próprio partido. A gente tem que ajudar o País a encontrar alternativa para furar essa polarização. Vamos buscar viabilizar essa candidatura (de Doria), mas temos que ter disposição para discutir com outras forças políticas. Aí que digo que temos estilos diferentes. Eu quero ajudar, mas não se consegue ajudar quem não presta ajuda a si mesmo. Importante que haja disposição do candidato agora escolhido na construção dessa convergência do centro.

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