Efetivo policial do DF oprime manifestação de indígenas, mas leva ‘baile’ de serial killer

A efetividade policial foi posta em xeque por movimentos sociais e indigenistas (Mídia Ninja/Reprodução Apib)
Via Brasília – Da Revista Cenarium

Baile na PM

“Polícia mais bem paga do País, a PM do Distrito Federal, até agora, leva um “baile” do maníaco Lázaro Barbosa, que há oito dias escapa sozinho ao cerco de mais de 200 homens na capital federal. No entanto, sobre os indígenas de 40 etnias que participam da mobilização “Levante da Terra”, os policiais não hesitaram em destilar toda a sua truculência. Atacaram os manifestantes com spray de pimenta, bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral, na quarta-feira, 16, na entrada do prédio da Funai, entidade que deveria proteger e acolher os indígenas. Os povos indígenas resistem e pedem a saída do presidente da Fundação, Marcelo Xavier.

Praça de guerra

Em meio a um cenário de guerra na frente da Funai, os povos da floresta protestavam para evitar o desmonte de direitos que o PL 490/2007 propõe, entre eles, a liberação de atividades agrícolas e minerais comerciais em terras indígenas. Sem a mesma sanha para se insurgir contra os criminosos ambientais, a Funai busca, ainda, criminalizar as organizações indígenas, denunciam os líderes do movimento. Nos últimos meses, alguns de seus representantes luminares, como Almir Suruí, de Rondônia, e Sônia Guajajara, do Maranhão, respondem a inquéritos que investigam denúncias de “difamação” contra o Governo Bolsonaro, que correm em segredo de Justiça.

PL na CCJ

Única parlamentar representante do movimento indígena no Congresso, a deputada federal Joenia Wapichana (Rede-RR) ainda apresentou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) requerimento de inversão de pauta para atrasar a apreciação do PL, que acabou rejeitado por 38 deputados, a maioria dos membros do colegiado. Desde a semana passada, os povos indígenas manifestam-se na capital federal em defesa de seus direitos constitucionais e contra as medidas incluídas no projeto, em análise na CCJ da Câmara dos Deputados, presidida pela bolsonarista radical Bia Kicis (PSL-DF).

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