Eleição em alta: começa a temporada de ações policiais com conotação política

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) (Reprodução/ Internet)
Via Brasília – Revista Cenarium

Suspeitas

A operação que levou a Polícia Federal aos calcanhares do presidenciável Ciro Gomes (PDT) segue cercada de suspeitas de que teria cunho eleitoreiro. Essa leitura encontra respaldo no fato concreto de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cada vez mais amplia sua ingerência na corporação – órgão de Estado que deveria estar a salvo de influências políticas. Bolsonaro já conseguiu transferir e neutralizar delegados policiais que fizeram seu trabalho, mas atingiram interesses seus e de seus apoiadores.

Declínio nas pesquisas

Estranha o fato de Ciro, com 40 anos de vida pública, tendo sido deputado, senador, prefeito, ministro e governador, não ter ficha corrida criminal que o associe à corrupção. A névoa de suspeição sobre as reais intenções da ação da PF ganha força num momento de acirramento eleitoral e declínio de Bolsonaro nas pesquisas. Com a operação nas manchetes e atingindo seus irmãos Cid Gomes (PDT-CE) e Lúcio Gomes, Ciro se apressou em apontar a operação como jogada eleitoral de Bolsonaro.

Auxílio a R$ 408,84

O Ministério da Cidadania confirmou que não há discussão no governo para elevar o pagamento mínimo de R$ 400 por mês no Auxílio Brasil. O valor do benefício varia mensalmente porque há inclusões e exclusões de famílias. O valor médio em dezembro foi R$ 408,84. A MP 1.076/2021 que instituiu em 7 de dezembro o Auxílio Brasil garante o pagamento mínimo de R$ 400 para todas as famílias. Das 14,5 milhões atendidas em novembro, 13 milhões já foram beneficiadas.

PUBLICIDADE

Semana esticada

Como as discussões entre líderes partidários ainda seguem, muito provavelmente o início do recesso parlamentar deverá ser adiado. A Comissão Mista de Orçamento planeja votar o relatório final da lei orçamentária somente na segunda-feira, 20. A expectativa é que no máximo até terça-feira uma sessão conjunta do Congresso Nacional encerre o assunto. A definição acerca do Orçamento de 2022 tem que aguardar a promulgação da PEC dos Precatórios e análise dos vetos presidenciais.

Mais mudanças

Integrantes da Comissão Mista de Orçamento acreditam que o relator do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLOA), deputado Hugo Leal (PSD-RJ), deve acatar a maior parte das sugestões de mudanças ao texto enviadas pelo Ministério da Economia. No entanto, outras propostas poderão ser enviadas depois de definido o texto que o Congresso promulgará. Isso porque pode haver mudanças macroeconômicas e nas estimativas de receitas e despesas, que poderão ser atualizadas posteriormente pelo relator-geral.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.