Em Belém do Pará, Edmilson e Eguchi protagonizam luta entre polaridades políticas

a REVISTA CENARIUM elaborou um levantamento de proposta e do perfil de cada postulante. (Reprodução/Internet)

João Guimarães Guimarães – Da Revista Cenarium

BELÉM – A prefeitura da capital paraense é disputada por dois candidatos com ideologias políticas extremas. No próximo dia 29 de novembro, Edmilson Rodrigues (PSOL) e delegado federal Everaldo Eguchi (Patriota) vão ao segundo turno das eleições municipais e, por conta disso, a REVISTA CENARIUM elaborou um levantamento de proposta e do perfil de cada postulante.

Edmilson Rodrigues

O candidato comandou Belém durante oito anos por dois mandatos consecutivos, no período de 1997 a 2004 enquanto filiado do Partido dos Trabalhadores (PT). Edmilson é arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e especialista em Desenvolvimento de Áreas Amazônicas pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA).

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Ele também é professor com licenciatura plena em Construção Civil pela UFPA, sendo mestre em Planejamento do Desenvolvimento pelo NAEA/UFPA e Doutor em Ciências – Geografia Humana – pela Universidade de São Paulo (USP).

(Reprodução/Internet)

Propostas

Entre as propostas de governo está o “Bora Belém”, plataforma virtual de participação popular criada pelo candidato, para buscar ideias e contribuições da população no processo político da cidade. o “Dona de Si”, que pretende trabalhar a qualificação profissional e formação para abertura de empresas, direcionado para mulheres, focando em autonomia.

Além da inclusão de alunos com autismo em escolas públicas do município,
Edmilson tem como apoiadores nacionais e regionais, artistas de peso como Chico Buarque, Caetano Veloso, o ator Marcelo Cerrado, Gregorio Duvivier do Porta do Fundos. Assim como o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) e as cantoras Fafá de Belém e Gaby Amarantos.

Everaldo Eguchi

Everaldo Eguchi é servidor público, advogado e economista, sendo um dos policiais representantes do Brasil na Interpol. Ele também participou de operações da Lava Jato no Estado do Pará. O candidato evangélico tem como principais propostas o combate à corrupção, emprego, renda e a desburocratização do atendimento ao cidadão, além de citar o meio ambiente no programa de governo.

Eguchi concorreu para o cargo de deputado federal em 2018 pelo Partido Social Liberal (PSL), mas perdeu. Ele chegou a ser cotado para a superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, (IBAMA), mas após vazamento de áudio onde citava a que o órgão federal era uma “pedra no sapato dos produtores rurais”, foi desconsiderado para o cargo.

Eguchi já admitiu não ter experiência como político, mas considera o fato uma vantagem contra o adversário Psolista.

(Reprodução/Internet)

Propostas

As propostas do candidato, que têm como principal apoiador o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), vão além nos quesitos tecnologia, urbanismo e economia. O Delegado pretende “revolucionar” a mobilidade urbana, com a implantação de chips de inteligência artificial nos ônibus e sinais de trânsito, para que os semáforos sejam abertos em concomitância ao trajeto dos ônibus.

Eguchi também quer transformar Icoaraci, distrito de Belém, em uma espécie de “Vale do Silício” de startups para a exportação de couro fabricado artesanalmente em curtumes nos arredores do Distrito. O candidato afirma que beneficiará no mandato o empresariado de Belém, além de admitir em entrevista que “quem produz riqueza é o empresário e não o trabalhador.”

Recentemente, o irmão mais velho do candidato, Eduardo Eguchi, ganhou as manchetes por conta de uma mega fraude, ocorrida na venda ilegal de documentação de madeiras no Marajó, envolvendo a empresa Tecnoflora, controlada na época por Eduardo, engenheiro florestal e irmão de Everaldo Eguchi.

Números

Até o fechamento dessa pauta, os números na capital paraense determinavam empate técnico. Considerando os votos totais, Edmilson Rodrigues detinha 45% das intenções de voto e Everaldo Eguchi com 43%,. Votos brancos e nulos somam 8% e 4% dos entrevistados pelo Instituto Ibope não souberam dizer ou não opinaram.

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