Em Boa Vista, mulheres indígenas tingem escultura em protesto contra o garimpo

"O sangue indígena não merece mais ser derramado por causa do garimpo dentro dos nossos território", disse o CIR. (Reprodução/ Instagram)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS — Um grupo de mulheres indígenas tingiram com tinta de urucum nessa sexta-feira, 8, as águas do Monumento ao Garimpeiro em Boa Vista, Roraima, como forma de protesto contra o garimpo em Terras Indígenas e as mortes resultantes da atividade ilegal. A escultura, considerada um patrimônio histórico do Estado, fica localizada na Praça do Centro Cívico, na capital roraimense.

“O sangue indígena não merece mais ser derramado por causa do garimpo dentro dos nossos territórios”, publicou o Conselho Indígena de Roraima (CIR) no Instagram, junto a registros do momento. “A tinta vermelha representa o sangue indígena que diariamente é derramado, principalmente na área Yanomami”.

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A manifestação ocorreu durante a Plenária das Mulheres, no 3º Acampamento Terra Livre Roraima, que iniciou na terça-feira, 5, e segue até o dia 14 deste mês. No evento, segundo a imprensa local, se encontram mais de 400 lideranças indígenas da Raposa Serra do Sol, Murupu, Tabaio, Sumuru, Serra da Lua e São Marcos.

A mobilização pede o fim de todas as pautas “anti-indígenas” como os projetos de lei 191 e 490, assim como o marco temporal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja o vídeo:

(Reprodução/ Instagram)
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