Em Brasília, ‘Ato pela Terra’ reúne artistas em protesto contra ‘pacote de destruição’

Artistas desembarcaram em Brasília para participarem do ato que luta para projetos que mudem a legislação brasileira, e são temidos por ambientalistas, não sejam aprovados (Reprodução/Instagram)

Larisse Neves – Da Revista Cenarium

BRASÍLIA – A arte e a música invadiram a capital do Brasil na tarde desta quarta-feira, 9. A Esplanada dos Ministérios ficou lotada e dentro do Congresso Nacional, o cantor e organizador do “Ato pela Terra”, Caetano Veloso, transformou o Salão Negro em palco. Além dos argumentos, que receberam o apoio de diversos ativistas, a canção “Terra” ajudou a reforçar o discurso.

Artistas como Nando Reis, Letícia Sabatella, Maria Gadú, Christiane Torloni, Daniela Mercury, Seu Jorge, Lázaro Ramos, Natiruts, Bela Gil e Cissa Guimarães desembarcaram em Brasília para participarem do ato para que projetos que mudem a legislação brasileira, e são temidos por ambientalistas, não sejam aprovados.

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“Uma série de projetos de lei podem tornar essa situação ainda mais grave se aprovadas. Poderão facilitar o desmatamento e a mineração de terras indígenas e desprotegerem a floresta contra grilagem e os criminosos”, disse o cantor Caetano Veloso.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pararam a rotina de julgamentos para ouvirem a caravana. O encontro de cerca de vinte minutos foi no gabinete da ministra Cármen Lúcia e contou com a presença dos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. O chefe do Senado, Ricardo Pacheco, também estava presente e recebeu uma carta.

Na hora que o sol se despedia do céu candango, Caetano Veloso subiu no carro de som parado em frente ao Congresso e levou ao delírio milhares de manifestantes. A manifestação trouxe o tempero musical de várias partes do Brasil.

Por mais de duas horas, o público acompanhou tudo de olhos ‘vidrados’, ouvidos atentos e de uma forma que há muito tempo não acontecia: com a energia do presencial. Mesmo com o uso de máscaras não sendo obrigatórios em locais abertos, quase todos os manifestantes usavam a proteção

Pacote da destruição

O pacote, chamado de “pacote da destruição”, trata de medidas que poderão causar impactos irreversíveis na Amazônia, no clima, na segurança e nos direitos humanos. O projeto de lei flexibiliza a entrada de agrotóxicos, desmatamento e garimpo em terras indígenas.

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