Em Brasília, governador do AM encontra com ministro da Infraestrutura para tratar sobre a reconstrução de pontes na BR-319
10 de outubro de 2022

Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium
MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (União), se reuniu na noite desta segunda-feira, 10, em Brasília, com o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Antônio Leite, para tratar sobre questões da BR-319, de responsabilidade do governo federal.
No fim de semana, mais uma ponte sobre o Rio Autaz-Mirim desabou no quilômetro 25 da rodovia. Mais de 100 mil pessoas, nos municípios de Careiro da Várzea, Careiro Castanho e Manaquiri (Regiões Metropolitanas de Manaus), são afetadas pelo desmoronamento de pontes na estrada que liga a capital do Amazonas à cidade de Porto Velho, em Rondônia.
Nas redes sociais, Wilson Lima destacou que o Estado vai assinar um convênio com o Ministério para realizar a construção das pontes que caíram no intervalo de 10 dias. “O Governo do Estado está dando todo o suporte no sentido de fazer a travessia dessas pessoas que passam ali pela ponte do Curuçá e também do Autaz-Mirim. Coloquei o Estado à disposição, inclusive, para apoiar na reconstrução dessas pontes“, declarou o governador que complementou:
“Nós vamos fazer um convênio com o governo federal para poder reconstruir essas estruturas e dar tranquilidade para quem mora na BR-319, principalmente, para os municípios Careiro da Várzea, Careiro Castanho e Manaquiri. A nossa responsabilidade é diminuir o sofrimento dessas pessoas dessa região”, salientou Wilson Lima.
Situação de Emergência
Na manhã desta segunda-feira, o governador decretou situação de emergência após queda da ponte sobre o Rio Autaz-Mirim, ocorrida na noite de sábado, dia 8, no município situado no quilômetro 12 da BR-319, que fica localizada no Careiro da Várzea (distante 88 quilômetros de Manaus).
O desmoronamento da ponte sobre o Rio Autaz-Mirim afeta, diretamente, cerca de 104 mil pessoas que moram na região e dependem da estrada para trabalhar, estudar e viver. Além de causar superfaturamento nos alimentos e líquidos antes transportados pela estrada, mas que, agora, dependem de balsas, o que torna o trajeto mais caro.

De acordo com Wilson, o decreto de situação de emergência foi assinado para que providências sejam tomadas de forma mais rápida, sem precisar passar por burocracias que, normalmente, enfrentaria. “O decreto de emergência dá a condição para que a gente não tenha, por exemplo, que fazer um processo licitatório para contratar transporte para fazer com que os alunos cheguem na escola ou outras ações importantes para região”, afirmou.
Um Comitê de Crise, instaurado pelo Governo do Estado na queda da primeira ponte, agora, recebe a inclusão das Secretarias de Saúde, Educação, Produção Rural, Superintendência de portos e Navegações e de Assistência Social, além de contar com o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, que usará o suporte do Estado para transportar as urnas até as cidades do interior para o 2° turno das eleições deste ano.
Ponte sobre o Rio Curuçá
No dia 28 de setembro, a ponte sobre o Rio Curuçá, localizada no quilômetro 25 da rodovia BR-31, desabou, causando quatro mortes e deixando outras 14 feridas. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Amazonas (CBMAM), Orleilso Muniz, afirma que a corporação segue realizando os trabalhos no local do acidente.

“Fizemos o resgate de quatro vítimas, retiramos nove veículos do local e nós temos, ainda, um desaparecido, então, o trabalho continua e vai continuar até porque o Exército e o Dnit já estão avançando para a preparação de colocação das estruturas da ponte metálica e já fizemos a varredura do local, então, é provável que essa vítima do acidente esteja soterrada”, afirmou o comandante do CBMAM.