Em comparação anual importação e exportação do AM caem 22% em maio

A economia do Amazonas está ancorada diretamente ao Polo Industrial de Manaus, cujo desafio é superar os entraves provocados pela pandemia da Covid-19 (Reprodução/Internet)

Da Revista Cenarium *

MANAUS – Conforme previsões a economia do Estado do Amazonas sentiu o forte impacto da pandemia gerada pelo novo Coronavírus. O saldo negativo nas transações comerciais em maio, diminuiu 22,67% na comparação com maio de 2019.

A crise sanitária afetou diretamente a Balança Comercial do Amazonas, em face da redução das atividades econômicas no Polo Industrial de Manaus (PIM), no mês de maio, demonstrada pela queda nas importações que foram de 21,36%.

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As importações do Amazonas em maio registraram cifras de US$ 708,79 milhões, o equivalente a 5,29% de participação nas importações do Brasil, de acordo com estudos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).

A diminuição das atividades das indústrias do parque fabril de Manaus afetou as importações, reduzindo sua quantidade na comparação com o mesmo período de 2019, mas, apresentando um aumento de 3,28% em relação ao mês de abril de 2020.

As linhas de produção do Polo Industrial de Manaus empregam grande mão de obra que em face da pandemia, estão sob férias coletivas (Reprodução/Internet)

Participação chinesa

A China se manteve como principal origem das importações do Amazonas, com o valor de US$ 310,16 milhões, o que representa 43,73% de participação. Os Estados Unidos ocupam a segunda posição, com o valor de US$ 75,94 milhões, o equivalente a 10,72% do total.

O principal item importado da China foi ‘outras partes para aparelhos de radiodifusão e gravação’ (28,50% dos produtos importados desse país), enquanto dos Estados Unidos destacam-se os ‘óleos de petróleo’, equivalente a 51,99% das transações oriundas daquele país.

As exportações cresceram, em maio, na comparação com abril de 2020 (16,42%). Os valores exportados alcançaram US$ 52,48 milhões, devido principalmente ao aumento das vendas de ouro e óleo de soja.

Leia mais: Polo Industrial busca recuperação de perdas no pós-pandemia; floresta Amazônica é ameaçada por exploração agressiva

Em maio, os principais destinos foram Venezuela e Estados Unidos, equivalentes a 42,57% das exportações. O principal produto exportado para a Venezuela foi óleo de soja (US$ 5.386.618,00), representando 30,96% das exportações para aquele país.

Para os Estados Unidos, o principal produto exportado foi ouro (US$ 1.996.142,00), o que representou 40,36% das exportações para este país.

Saldo negativo

O saldo negativo nas transações comerciais, em maio, diminuiu 22,67% na comparação com maio de 2019 e teve aumento de 2,36% em relação ao mês de abril de 2020. Isso foi motivado pela redução das importações e das exportações.

Em maio, a participação do Amazonas na Corrente de Comércio do Brasil alcançou 2,43%. A Corrente de Comércio do Estado do Amazonas (soma das importações com as exportações) totalizou US$ 761,27 milhões.

Participação do interior

Quanto aos municípios do interior, em maio de 2020, Presidente Figueiredo foi o maior exportador (US$ 1,54 milhões), e o principal destino foi a China, sendo o ‘ferro-ligas’ o principal produto.

O segundo município que mais exportou foi Itacoatiara (US$ 1,42 milhões) e teve como principal destino a Holanda, sendo ‘madeira serrada’ o principal produto exportado.

Nas importações, Silves se destacou como maior importador (US$ 5,16 milhões), tendo a Alemanha como maior parceiro comercial e os ‘grupos electrogéneos’ lideraram a lista de importados.

Nova Olinda do Norte ficou em segundo lugar, com o valor de suas importações em US$ 4,83 milhões. No caso deste município, a Finlândia foi o principal local de origem de suas importações e os ‘grupos electrogéneos’ compreenderam o principal produto adquirido.

(*) Com informações da assessoria

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