Em encontro com Augusto Aras, governador do AM promete reforçar efetivo da PM na região onde assassinaram Dom e Bruno
20 de junho de 2022
À direita, o governador Wilson Lima, e à esquerda, Augusto Aras (Divulgação/Secom)
Priscila Peixoto – Da Revista Cenarium
MANAUS – O procurador-geral da República, Augusto Aras, e o governador do Amazonas, Wilson Lima (União BR), se encontraram nesta segunda-feira, 20, para tratar da crise instalada no Vale do Javari, depois das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. O encontro aconteceu no Aeroporto Internacional de Manaus, na Zona Oeste da cidade.
Além de visar o apoio e assegurar estrutura para a continuidade do trabalho de apuração dos crimes, o foco da presença de Augusto Aras, no Amazonas, junto a outros integrantes do MPF, é o debate voltado para a reestruturação do MP na região.
A PGR destacou a implementação de 30 novos ofícios do MPF direcionados a pautas socioambientais, na Amazônia, anunciada em maio deste ano. Segundo o procurador, a implementação é uma das medidas que reforça o trabalho do órgão na região. O combate à macrocriminalidade, no local, também foi ponto discutido no encontro.
Outro fator ressaltado por Aras, são as iniciativas tomadas para que o MPF possa trabalhar, da melhor forma possível, em operações de casos mais complicados como, por exemplo, o combate ao crime em Tabatinga e regiões próximas. “Essa tragédia apenas antecipou uma visita que já faríamos à região e que tem o objetivo de implementar esse reforço no trabalho”, explicou.
Em um perfil na rede social, a PGR informou que Augusto Aras pediu ao governador Wilson Lima que ele garanta a ordem pública em Atalaia do Norte e Tabatinga, destinando efetivo policial suficiente para garantir a segurança dos indígenas e da população em geral.
O governador Wilson Lima, em resposta ao pedido de Aras, informou que vai “aumentar o efetivo da Polícia Militar naquela área para garantir a segurança da população. Também coloquei o Estado à disposição para continuar ajudando nas investigações”, destacou Lima.
Comitiva
No domingo, 19, inclusive, a comitiva do Ministério Público Federal foi até Tabatinga (distante 1.107 quilômetros de Manaus) para participar de reuniões sobre questões que envolvem os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dominic Phillips. O seguimento, com representantes da Administração Superior do MPF, se reuniu com lideranças indígenas, procuradores da República lotados no Estado, além de autoridades estaduais e federais com atuação na região e responsáveis pela investigação do caso.
Os membros da Administração Superior do MPF reforçaram a importância de se buscar soluções compartilhadas e classificaram como essencial o diálogo constante com os demais órgãos públicos e instituições: “A nossa gestão prioriza o diálogo. Ações judiciais se prolongam no tempo, mas com diálogo podemos ter resultados mais efetivos e rápidos“, salientou Aras.
Após a agenda em Tabatinga, a equipe sobrevoou a área do município de Atalaia do Norte e se reuniu com lideranças indígenas, representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e forças policiais.
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