Em fase inicial, câncer de pênis pode ser tratado com cirurgia conservadora, mantendo as funções sexuais


05 de agosto de 2020
Em fase inicial, câncer de pênis pode ser tratado com cirurgia conservadora, mantendo as funções sexuais
Entre os assuntos, estão as técnicas cirúrgicas para a preservação do órgão e da função sexual masculina, explica o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Giuseppe Figliuol (Divulgação)

Da Revista Cenarium*

MANAUS – Um amplo debate sobre o câncer de pênis deve ocorrer, nesta quinta-feira, 6, às 8h (horário de Brasília), de forma online. A ‘SBU em Casa’ é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de urologia, que reunirá especialistas da região para a atualização de protocolos voltados à patologia, cujo tipo mais frequente é o carcinoma de células escamosas e a população mais atingida é de homens com 50 anos ou mais.

Entre os assuntos, estão as técnicas cirúrgicas para a preservação do órgão e da função sexual masculina, explica o cirurgião urologista da Urocentro Manaus, Giuseppe Figliuolo, doutor em saúde coletiva.

A transmissão ocorrerá por meio do site www.portaldaurologia.org.br/medicos , ao vivo. A atividade tem como tema “O câncer de pênis, sua relação com o HPV e a recuperação da sexualidade”. A escolha pelo ambiente online se deu por medida de segurança, considerando o enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus.

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), no Brasil, o câncer de pênis é mais comum nas regiões Norte e Nordeste, representando 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a evolução do tumor e a posterior amputação total do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem.

Giuseppe Figliuolo explica o HPV está em evidência quando se trata do câncer de colo uterino. Mas, o que muita gente desconhece, é que o vírus está diretamente ligado ao câncer de pênis. Outros fatores de risco para esse tipo de neoplasia maligna são: presença de fimose e a não higienização adequada do pênis, potencializando o acúmulo de esmegma/secreção.

“No caso do HPV, as lesões provocadas pelo vírus podem evoluir para um câncer, quando não tratadas em tempo hábil. E, dependendo do estágio em que o paciente se encontrar, pode haver a indicação de uma cirurgia menor, como a circuncisão, ou maior, como a penectomia, para a retirada parcial ou total do pênis, o que é muito mais invasivo e traumático para o homem. Mas, lembramos que não são todos os tipos de HPV que provocam o câncer. Apenas os considerados oncogênicos”, explicou.

Segundo o especialista, que tem quase 20 anos de experiência na área, sintomas como tumoração na glande (cabeça do pênis), na pele que encobre a glande, no corpo do pênis, secreção branca constante e aumento anormal do tecido da glande, podem ser sinais de alerta, o que requer a avaliação de um médico especialista. O diagnóstico é feito através de análise clínica e biópsia (retirada de fragmento para análise patológica), a qual determinará o tipo de câncer a ser tratado.

Ele explica, ainda, que além do carcinoma de células escamosas, há outros tipos de câncer de pênis, como o melanoma (mais associado à pele – prepúcio) e o carcinoma basocelular (também de pele, mas de crescimento mais lento, que geralmente não se dissemina para outras partes do corpo).

(*) Com informações da assessoria

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