Luís Henrique Oliveira – Da Revista Cenarium
MANAUS – Durante a assinatura da ordem de serviço para o início das obras de recuperação da infraestrutura do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. João Lúcio, ocorrida na manhã desta quarta-feira, 27, o governador do Amazonas, Wilson Lima, reforçou a fala de que tem gente usando sofrimento das pessoas para tentar tirá-lo do poder e fazendo “politicagem”.
“Agora nossa preocupação é com relação ao Amazonas, com relação a saúde das pessoas, os empregos das pessoas e a retomada da economia. Qualquer coisa fora das atividade de combate ao coronavírus é o oportunismo. Tem muita gente fazendo palanque em cima do sofrimento das pessoas. Eu e minha equipe estamos trabalhando 24 horas por dia pra salvar vidas. Não cabe espaço para politicagem neste momento”, disse Wilson Lima.
De acordo com o governador, a obra da unidade, que é referência em politraumatismo e neurocirurgia na Zona Leste de Manaus, irá trazer uma economia de quase R$ 3 milhões aos cofres públicos. “Será a primeira grande intervenção na maior unidade hospitalar da Zona Leste. A reforma custará algo em torno de R$ 15 milhões, com recursos vindos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID. O que será usado é a sobra dos recursos de um programa de saneamento dos igarapés. Aqui vamos fazer reforma de telhado, refrigeração, elevadores, parte elétrica e outras manutenções. só com essa reforma, teremos uma economia anual de 40% em manutenção, algo de R$ 2,9 milhões”, completou.
O banco autorizou o redirecionamento dos recursos para iniciativas de resposta à pandemia do novo Coronavírus, que sejam capazes de amenizar os efeitos de médio e longo prazo, por meio de melhorias e adequações em maternidades e hospitais da capital.
Na ocasião, o governador ainda lembrou sobre o processo de impeachment “Estou muito tranquilo com relação ao impeachmet porque não há nenhuma alegação que possa ter fundamento legal na aceitação do presidente da ALE/AM. Isso também está sendo tratado pelo Poder Judiciário”, disse.
A obra será executada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus (Seinfra) a partir de junho e deve ser concluída em até seis meses.
“A Susam já terá um avanço só com a implementação desses novos leitos de UTI. A ideia é que deixemos esses leitos ativos no pós-pandemia. Vamos permanecer com essa ampliação que se deu. Outro ponto é com relação as nossas estratégias, portanto, estamos revendo as decisões. Queremos produzir mais e gastar menos. Essa reestruturação macro vai impactar na assistência lá na base”, explicou a secretária da Susam, Simone Papaiz.
Obras
As intervenções anunciadas nesta manhã envolvem uma área total de 13.775,85 m² e contemplam a recuperação dos sistemas elétrico e de climatização, de toda a cobertura do prédio e forro e a implantação de novos elevadores, de grupos geradores de energia, subestação, iluminação de LED e de uma nova estação de tratamento de efluentes (ETE).
A primeira fase das obras envolve serviços de recuperação de todo o sistema elétrico. Na segunda, será recuperada a cobertura do prédio. A terceira etapa inclui a recuperação do forro e do sistema de climatização, em julho.
A quarta fase da obra começa em agosto, com a instalação de uma nova estação de tratamento de efluentes (ETE). Em setembro, inicia a quinta etapa, com a reforma da subestação abaixadora e do cubículo de entrada. A sexta e última fase inicia em outubro deste ano, com a revisão e revitalização de todo o sistema hidrossanitário e pavimentação.
De acordo com a Seinfra, a operação não afetará os investimentos já contratados, por se tratar de sobra de recursos fruto de elevada variação cambial, sem qualquer diminuição de recursos previstos em obras previstas para o Prosamim III.
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