Em Manaus, artesã venezuelana faz ‘vaquinha’ para reaver os filhos; saiba como ajudar

A artesã venezuelana Mauyoli Amiruy Yaguare Perez com uma boneca amigurumi da Frida Kahlo. (Foto: Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – A luta diária dos imigrantes venezuelanos para reverem e trazerem familiares para viver uma vida melhor no Brasil faz parte do cotidiano da artesã Mauyoli Amiruy Yaguare Perez, de 32 anos. Em julho passado, a CENARIUM contou a história da estudante de Engenharia Mecânica que saiu do seu país em 2018 atrás de melhores condições de vida e busca juntar dinheiro para trazer os dois filhos a Manaus. Agora, quatro meses depois, a artesã criou uma “vaquinha na web” para acelerar esse reencontro.

Leia também: Artesã venezuelana sobrevive da arte dos ‘amigurumis’ para trazer filhos para Manaus

Natural de El Tigre, Estado de Anzoátegui, Mauyoli tem como meta arrecadar R$ 7.500 para buscar os filhos Esteban, de 13 anos, e Mauro, de 9, em Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, e também ajudar os pais. Somados os 7% de taxas do site (R$ 525), a meta final de arrecadação fica em R$ 8.025. O valor arrecadado, até o início da tarde desta segunda-feira, 22, estava em R$ 1.255, doados por 15 pessoas.

PUBLICIDADE
A vaquinha da artesã venezuelana Mauyoli Amiruy Yaguare Perez. (Reprodução/ Vakinha)

Os amigurumis

No Brasil desde 2018, Mauyoli cria bonecos e bonecas amigurumi — uma técnica japonesa que consiste em dar vida a bonecos e “bichinhos de pelúcia” de crochê. Cada peça é feita à mão e confeccionada com fios 100% algodão com recheio hipoalergênico. Mauyoli começou “no mundo do crochê”, como diz, há nove anos, procurando uma maneira de ganhar dinheiro, poder estudar e cuidar dos filhos.

Na Venezuela, Mauyoli estudava engenharia mecânica na Universidad Politécnica Territorial José Antonio Anzoategui, cuidava dos filhos e vivia de sua arte, o crochê. Ela tinha um espaço para expor seu trabalho em um clube reconhecido da cidade, participou de feiras culturais e vendia pela internet. Com a crise econômica, os clientes sumiram, a situação ficou cada vez mais difícil, e o fantasma da fome assombrou. Foi quando ela decidiu tentar a sorte no Brasil.

Mauyoli e o parceiro Juan chegaram ao Brasil depois de serem obrigados a vender tudo o que tinham. Ela investiu o que arrecadou em material (fios, recheios etc.) para fazer peças de crochê e vendê-las quando chegasse aqui. A ideia era vir, trabalhar mais ou menos três meses, comprar comida e depois voltar. “Por isso, pedi aos meus pais que cuidassem dos meus filhos, enquanto me aventurava nesta caminhada sem saber o que esperar”, disse ela à CENARIUM, em julho.

Como ajudar

Para contribuir na vaquinha é preciso acessar o link do site https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-uma-artesa-refugiada-a-reaver-seus-filhos/contribua, inserir o valor da doação, preencher com alguns dados (nome completo, CPF, e-mail e telefone celular) e escolher a forma de pagamento (boleto, cartão de crédito, pix, transferência bancária cartão de débito via paypal, paypal e cupom).

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.